Quando
olhamos o panorama da humanidade o que se nos depara à primeira vista é a sua
grande diversidade manifestada em todos
os aspectos físicos, intelectuais e morais. A indagação que se segue
naturalmente é de saber a causa de tantas diferenças a ponto de não existir
duas pessoas totalmente idênticas mesmo se fossem clonadas se diferenciariam na
personalidade e nas virtudes morais e intelectuais. Partamos do seguinte
princípio: Se tudo o que existe incluído os universos e os seres vivos e dentre
eles os seres humanos foram criados por Deus e admitindo a sua suprema bondade
e justiça como explicar esta grande diversidade entre os seres humanos? Se
considerarmos que o espírito humano tem apenas uma única existência estaríamos
em completa contradição com a perfeição divina, pois como se justificaria todas
essas diferenças entre os seres humanos? Porque essa gama de gradação evolutiva
entre o selvagem e o gênio; entre o facínora e o santo; entre o rico e o
miserável; entre os sãos e bem sucedidos e os acometidos de enfermidades e
fracassados? Assim continuaríamos a perguntar sobre todas as disparidades
humanas sem encontrar uma explicação lógica para esta realidade. Então estamos
num impasse: se aceitarmos a perfeição de Deus incluindo a sua suprema bondade
e justiça não podemos aceitar essas injustiças quanto às disparidades dos seres
humanos e se aceitarmos a perfeição de Deus então temos que encontrar uma
solução que não admita uma única existência para o espírito humano. Ora, a resposta
é a mais lógica e simples que possamos encontrar admitindo que o espírito
humano tem muitas existências neste mundo e através dessas inúmeras
experiências vivenciais e considerando a sua liberdade de escolha vão se
diferenciado a cada existência uns dos outros em decorrências de escolhas
diferentes entre si em resposta aos estímulos e exigências da própria vida. Em
cada nascimento o espírito humano tem a oportunidade de novos aprendizados como
também de corrigir os erros passados e,
assim, ir se aperfeiçoando gradativamente até alcançar a perfeição a que Deus o
destinou. Isto explica então a geração das diversidades entre os seres humanos
e também temos que considerar que os espíritos não foram criados todos ao mesmo
tempo. Por isso existem selvagens ao lado de gênios e facínoras ao lado de
santos. A reencarnação é não somente uma explicação lógica para as diversidades
humanas como também um instrumento do aperfeiçoamento do espírito humano e da
justiça de Deus. Fora isso tudo é ignorância e escuridão.
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