domingo, 27 de setembro de 2015

A ANSIEDADE DA VIDA


O homem atual, seja ele de qualquer raça ou nacionalidade, rico ou pobre, instruído ou analfabeto, sadio ou enfermo, jovem ou adulto, está sempre procurando as coisas deste mundo para si mesmo seja para suprir as suas necessidades reais ou inventadas, amontoar bens materiais para o seu conforto e na maioria das vezes por simples desejo de possuir para a própria satisfação, o desejo do poder para satisfazer a sua ambição, enfim, o homem de hoje passa a maior parte de seu tempo e do gasto de suas energias em busca das coisas que pertencem à Terra e que um dia deverá deixar aqui tudo o que acumulou. A existência aqui na Terra caminha sobre os trilhos da vida, mas a direção que ela segue somos nós que a imprimimos. Se considerarmos qual é a finalidade da nossa existência neste mundo teremos que chegar às seguintes conclusões:  Se a nossa vida se encerra no túmulo não temos que nos preocupar com o que aconteça conosco nesta jornada temporária e passageira e, portanto, justifica-se o empenho em usufruir da melhor forma possível o que nos oferece este mundo para a nossa satisfação pessoal. Se, contudo, acreditamos que a vida continua após a morte então a situação é completamente diferente. Pois a vida em outra dimensão é a continuidade desta daqui, isto é, seremos as mesmas pessoas que somos aqui no outro mundo porque o Eu verdadeiro é o espírito, o corpo físico é apenas uma vestimenta temporária durável por um curto período de tempo. Sendo assim, é de se considerar os valores relativos ao corpo e ao espírito sendo que um é temporário e o outro imortal. Por isso, a existência humana deve basear-se no equilíbrio entre as coisas do mundo e os interesses espirituais dando, por conseguinte a prioridade pertence às coisas do espírito porque são permanentes e levamos conosco depois da morte. Por essa razão, não devemos estar ansiosos pelas coisas materiais que são instáveis e passageiras e pertencem a este mundo, mas preocupados com as aquisições espirituais que serão os únicos bens que levaremos conosco após a morte.

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