A morte dos seres vivos é um fenômeno
natural que faz parte do ciclo da vida. Tudo o que nasce tem obrigatoriamente
que morrer e assim cumpre um propósito de renovação e progresso da natureza.
Embora seja um processo natural e, portanto obrigatório, a morte assume
aspectos diversos entre os seres humanos como conseqüência da diversidade de
formação intelectual e moral que cada um adquiriu durante todo o seu tempo de
aprendizado como ser humano. De maneira que a interpretação da morte varia entre
as pessoas independente do grau de formação intelectual ou moral de cada um.
Assim, muitos encaram a morte como extinção da vida, isto é, tudo acaba no
túmulo com a morte do corpo físico. Para essas pessoas denominadas de
materialistas só existe vida no corpo físico como produto da própria natureza e
que as qualidades morais e intelectuais são produtos da atividade cerebral
adquiridas durante a atual existência. Não entrando no mérito desta questão
porque não tem fundamento lógico e nem experimental, temos que considerar que o
ser humano tem um corpo físico que lhe serve de instrumento de relacionamento
no mundo material e uma alma ou espírito que independe do corpo físico e que
sobrevive após a morte do mesmo. Ora, se o homem é um espírito temporariamente
aprisionado num corpo de carne, o que acontece então pela morte deste corpo, já
que o espírito é independente dele e se liberta após a sua morte? Se existe um
mundo material tem que existir também um mundo espiritual aonde vão os
espíritos libertos de seus corpos materiais. Contudo, para onde vão os
espíritos após a morte do corpo físico? Essa é a pergunta que tem intrigado a
humanidade desde os seus primórdios. Se considerarmos que todas as qualidades
morais, intelectuais e artísticas do homem pertencem ao espírito e,
conseqüentemente, todo o progresso alcançado por ele dependeram da atividade do
seu espírito e fácil de concluir que no mundo espiritual deve acontecer o mesmo
acrescido ainda de que neste mundo o espírito está liberto das injunções do
corpo material. Para isso temos que admitir que após a morte do corpo físico o
espírito conserva a sua individualidade e todo o seu patrimônio moral e
intelectual que já tenha alcançado aqui na Terra. Por outro lado temos que
admitir também que no mundo espiritual os espíritos se agrupam em decorrência
da afinidade que existe entre eles, isto é, os semelhantes se traem. Quando
falamos em mundo espiritual queremos apenas dizer o mundo em que vivem os
espíritos libertos da carne e não necessariamente que este mundo não seja
também constituído de matéria. Evidentemente não da mesma qualidade da matéria
do mundo físico em que atualmente vivemos, mas de outro tipo de matéria mais
sutil ou de uma diferente freqüência vibratória. Embora a matéria do mundo
espiritual seja diferente da do mundo físico elas se interpenetram formando um
todo contínuo. Sendo assim, não é de se estranhar que no mundo espiritual
existam construções, colônias, vilas e cidades onde moram e se relacionam os
espíritos. A vida no mundo espiritual é mais vibrante e intensa do que a vida
no nosso mundo material. Voltando à
questão do destino dos espíritos após a morte do corpo temos a dizer que no
mundo espiritual prevalece a lei da afinidade, isto é, os espíritos são
atraídos naturalmente para os seus afins, quer dizer que os ladrões são
atraídos pelos grupos de ladrões já existentes no mundo espiritual, assim
também para os gananciosos; os venais, os hipócritas; os assassinos e assim por
diante e do lado contrário, os bons; os caridosos; os honestos e todos que
praticam o bem são também atraídos pelos seus homólogos. Por isso que existem
no mundo espiritual regiões de beleza e felicidade entre os bons e regiões de
sofrimento, maldade e escuridão entre os
maus. É a lei de justiças de Deus, dando a cada um de acordo com o seu
merecimento. No mundo espiritual cada um colhe o que plantou quando na Terra.
Contudo nada neste mundo é permanente, a misericórdia de Deus está em toda
parte e, mesmo nos antros de sofrimento sempre há esperança de redenção para os
espíritos endividados com a lei de Deus.
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