sexta-feira, 23 de maio de 2014

VIDA APÓS A MORTE




A morte dos seres vivos é um fenômeno natural que faz parte do ciclo da vida. Tudo o que nasce tem obrigatoriamente que morrer e assim cumpre um propósito de renovação e progresso da natureza. Embora seja um processo natural e, portanto obrigatório, a morte assume aspectos diversos entre os seres humanos como conseqüência da diversidade de formação intelectual e moral que cada um adquiriu durante todo o seu tempo de aprendizado como ser humano. De maneira que a interpretação da morte varia entre as pessoas independente do grau de formação intelectual ou moral de cada um. Assim, muitos encaram a morte como extinção da vida, isto é, tudo acaba no túmulo com a morte do corpo físico. Para essas pessoas denominadas de materialistas só existe vida no corpo físico como produto da própria natureza e que as qualidades morais e intelectuais são produtos da atividade cerebral adquiridas durante a atual existência. Não entrando no mérito desta questão porque não tem fundamento lógico e nem experimental, temos que considerar que o ser humano tem um corpo físico que lhe serve de instrumento de relacionamento no mundo material e uma alma ou espírito que independe do corpo físico e que sobrevive após a morte do mesmo. Ora, se o homem é um espírito temporariamente aprisionado num corpo de carne, o que acontece então pela morte deste corpo, já que o espírito é independente dele e se liberta após a sua morte? Se existe um mundo material tem que existir também um mundo espiritual aonde vão os espíritos libertos de seus corpos materiais. Contudo, para onde vão os espíritos após a morte do corpo físico? Essa é a pergunta que tem intrigado a humanidade desde os seus primórdios. Se considerarmos que todas as qualidades morais, intelectuais e artísticas do homem pertencem ao espírito e, conseqüentemente, todo o progresso alcançado por ele dependeram da atividade do seu espírito e fácil de concluir que no mundo espiritual deve acontecer o mesmo acrescido ainda de que neste mundo o espírito está liberto das injunções do corpo material. Para isso temos que admitir que após a morte do corpo físico o espírito conserva a sua individualidade e todo o seu patrimônio moral e intelectual que já tenha alcançado aqui na Terra. Por outro lado temos que admitir também que no mundo espiritual os espíritos se agrupam em decorrência da afinidade que existe entre eles, isto é, os semelhantes se traem. Quando falamos em mundo espiritual queremos apenas dizer o mundo em que vivem os espíritos libertos da carne e não necessariamente que este mundo não seja também constituído de matéria. Evidentemente não da mesma qualidade da matéria do mundo físico em que atualmente vivemos, mas de outro tipo de matéria mais sutil ou de uma diferente freqüência vibratória. Embora a matéria do mundo espiritual seja diferente da do mundo físico elas se interpenetram formando um todo contínuo. Sendo assim, não é de se estranhar que no mundo espiritual existam construções, colônias, vilas e cidades onde moram e se relacionam os espíritos. A vida no mundo espiritual é mais vibrante e intensa do que a vida no nosso  mundo material. Voltando à questão do destino dos espíritos após a morte do corpo temos a dizer que no mundo espiritual prevalece a lei da afinidade, isto é, os espíritos são atraídos naturalmente para os seus afins, quer dizer que os ladrões são atraídos pelos grupos de ladrões já existentes no mundo espiritual, assim também para os gananciosos; os venais, os hipócritas; os assassinos e assim por diante e do lado contrário, os bons; os caridosos; os honestos e todos que praticam o bem são também atraídos pelos seus homólogos. Por isso que existem no mundo espiritual regiões de beleza e felicidade entre os bons e regiões de sofrimento, maldade  e escuridão entre os maus. É a lei de justiças de Deus, dando a cada um de acordo com o seu merecimento. No mundo espiritual cada um colhe o que plantou quando na Terra. Contudo nada neste mundo é permanente, a misericórdia de Deus está em toda parte e, mesmo nos antros de sofrimento sempre há esperança de redenção para os espíritos endividados com a lei de Deus.
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