O patinho feio faz parte de um conto de
fadas escrito por Hans Christian Andersen como uma crítica à discriminação
pessoal. Nesse conto, uma pata muito orgulhosa de seus primeiros rebentos teve
uma surpresa muito constrangedora quando o último ovo a eclodir saiu um patinho
bem diferente dos seus primeiros patinhos e por sinal também bem feio para o
padrão comum. Como conseqüência esse pobre infeliz foi desprezado e maltratado
por todos os outros patinhos, rebentos privilegiados da orgulhosa mãe. Quanto à
distribuição da comida era o último a se alimentar, isto quando sobravam
algumas migalhas dos privilegiados. O tempo passou e o patinho feio teve que se
aventurar sozinho pelo mundo já que não tinha ninguém que cuidasse dele. Porém,
o destino lhe reservara uma surpresa e quando cresceu se transformou num lindo
cisne, suplantando em beleza e tamanho seus infelizes companheiros de outrora.
Se transplantarmos essa história para o Brasil veremos que tem muito em comum
com o que se passa na atualidade. A pata orgulhosa cuida com extremo cuidado de
seus rebentos privilegiados dando-lhes todas as oportunidades de se
refestelarem no luxo e no esbanjamento, acomodando-os em posições de destaque e
acobertando todas as suas travessuras. Porém, para o patinho feio, que
sobrevive de migalhas e esmolas, não lhe sobrou nada, nem mesmo o necessário
para uma sobrevivência digna, a não ser a de servir humildemente os seus irmão privilegiados. No conto de fadas
o patinho feio se transforma num lindo cisne, mas na realidade brasileira o
patinho feio será sempre o mesmo.
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