PARAÍSO
ABISMO UMBRAL
As
igrejas cristãs têm apregoado como base teológica o conceito de céu e inferno
como lugares existentes no mundo dos mortos destinados a receberem, respectivamente, as almas daqueles que foram
bons e cumpriram as leis Deus e os rebeldes e maus que descumpriram estas
mesmas leis. Como conceito de céu entendemos um lugar paradisíaco onde só
existe paz, felicidade e alegria de conviver entre os bons e pacíficos,
cumprindo a vontade de Deus destinada aos eleitos. E inferno um lugar lúgubre,
tétrico, trevoso, onde se destinam as almas condenadas ao sofrimento contínuo,
sem tréguas ou qualquer vislumbre de esperança. Embora para a maioria das
pessoas de certo grau de instrução considere esta conceituação das igrejas
cristãs apenas como alegoria para dar uma razão de seguir os preceitos
religiosos e que esta figuração já não tem atualmente quase nenhuma
credibilidade, apenas subsiste como uma tradição obsoleta, sem qualquer
fundamento, todavia, existem milhões de pessoas que acreditam fielmente nas
igrejas cristãs no que ensinam a respeito de céu e inferno. Contudo, alicerçado
no conhecimento das obras espíritas e nos ensinamento dos próprios espíritos
podemos dizer que estas figurações de céu e inferno das igrejas cristãs
apresentam somente um vislumbre da destinação das almas depois da morte, na
realidade o que vamos encontrar depois da morte ainda é quase que totalmente
desconhecido pelos homens, mas uma coisa é certa quanto a separação dos bons e
dos maus segundo tenham ou não cumprido as leis de Deus. O que podemos dizer é
que o que se entende por inferno é muito mais abrangente e tenebroso,
incompreensível pelos homens da atualidade, adstritos ao raciocínio lógico e
materialista. Existe um mundo, onde se encontram os espíritos dos homens que
viveram aqui na Terra, constituído também de matéria, mas diferente da matéria
física em que vivemos, que envolve e interpenetra literalmente o nosso planeta.
A região que envolve a Terra é conhecida nos meios espiritualistas de Umbral, e
a que interpenetra a Terra preenchendo o seu interior de Abismo. As regiões
superiores ao Umbral, onde predomina a luz, é a morada dos espíritos superiores,
os que já alcançaram um progresso espiritual que os credencia aos méritos recebidos.
Podemos dizer então que o umbral mais próximo da Terra é onde habitam os espíritos
ainda sobrecarregados de débitos que devem ser ressarcidos neste ambiente de
sofrimentos, decepções, remorsos, rebeldia, alucinações, de acordo com a
natureza de seus erros. O umbral é de uma complexidade tal que é praticamente
incompreensível pelo nosso critério de avaliarmos as coisas do mundo físico em
que vivemos. Se o umbral é constituído de outra espécie de matéria é lógico
também entender que a noção de espaço e de tempo é diferente da do mundo
material em que vivemos como homens. Não se encontram no umbral somente
espíritos endividados ressarcindo seus erros, mas espíritos que passaram pelos tormentos
e ao invés de se redimirem tornaram-se rebeldes e renitentes aderindo às
falanges do mal e que constituem os feitores cruéis dos espíritos endividados
como também da própria humanidade terrena. Este quadro apresentado do umbral é
apenas uma insignificante fatia do todo que constitui essa imensidão que nos
envolve em outra dimensão. Se falar do umbral já se afigura quase como
indescritível, o que então poderíamos dizer do incomensurável abismo? Alguns
autores descreveram algumas facetas do abismo a que tiveram acesso durante o
seu desdobramento espiritual acompanhados de seus guias como uma graça de Deus
para alertarem os homens desta terrível realidade. O primeiro homem a descrever
o abismo, conhecido também como inferno, foi o escritor italiano Dante
Alighieri, no livro “A Divina Comédia”. Dentre alguns dos escritores espíritas citamos
o livro “O Abismo” de Rafael Ranieri (já falecido); uma série de livros
escritos pelo médium Robson Pinheiro e que tratam também da vivência espiritual
do abismo. A literatura espírita é muito vasta e abrangente no que diz respeito
à vida no mundo espiritual. Aqui neste Blog quisemos apenas despertar o
interesse dos leitores para que procurem se informar na literatura
especializada e confiável sobre este assunto.
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