Sabemos
pelas leis da biologia que o nascimento é um evento comum a todos os seres
vivos e que é fundamental para a preservação da espécie. No que se refere aos
seres humanos as leis biológicas são as mesmas concorrendo para isso a
participação do homem e da mulher no processo de conjugação sexual em que cada
um sede os gametas que irão se unir para que haja a fecundação. Após a união do
espermatozóide com o óvulo inicia-se o processo de fecundação, desenvolvido em
várias etapas de multiplicação celular até que esteja formado o novo ser que
após o nascimento será uma criança com vida independente. Aprendemos pela
embriologia todas as etapas de multiplicação celular encaminhando
direcionalmente para a diferenciação das células que irão formar os respectivos
órgãos até a completa formação do embrião que aguarda a hora de seu nascimento.
Ao nascer a criança já é um ser independente e com vida própria ensaiando para
um existência em nosso mundo. Se a criança já tem as suas características
traçadas no que se refere às suas qualidades de temperamento, potencial
intelectual, personalidade, compleição física e aparência é de se supor que ela
tenha também uma alma ou espírito que anima aquele corpo de carne e osso. Na
verdade todas as qualidades intelectuais e morais que detém uma criança não
pode provir de seu corpo físico, mas sim de seu espírito. Se uma criança quando
nasce já é possuidora de um espírito então em que momento da gestação esse
espírito se une ao corpo em formação no útero materno? Segundo os ensinamentos
espíritas o espírito que vai nascer já se encontra junto da mãe logo após se
estabelecer a fecundação do óvulo e também é o espírito ou os seus assessores
do processo encarnatório que determinarão qual o espermatozoide que irá
fecundar o óvulo atendendo as características hereditárias que terá o novo
corpo em função das necessidades do espírito. Assim poderá nascer um corpo
saudável ou enfermo e defeituoso para que o espírito tenha condições através desse
corpo de resgatar seus débitos passados, atendendo à necessidade da sua própria
evolução. È comum ver-se gêmeos univitelinos com igual carga hereditária e
completamente diferentes de personalidade, intelectualidade, tendência
artísticas, etc., o que só pode ser explicado pela diferença entre os seus
espíritos. Os espíritos não são criados no momento do nascimento de uma
criança, porque sendo assim todas teriam que ser iguais , o que não é o caso e
também como se explicaria a diversidade de seres humanos a tal ponto de não
existirem duas pessoas idênticas? Somente pela diferença dos espíritos é que se
pode com lógica explicar tal realidade. Ora se os espíritos são diferentes
entre si, como pode existir esta diferença admitindo que foram criados por Deus
nas mesmas condições e com as mesmas possibilidades de progresso e evolução? A
única explicação plausível assentada na lógica e no bom senso é que estes
espíritos tiveram vivências e aprendizados diferentes uns dos outros o que só
pode se dar pelas vidas sucessivas através da reencarnação.
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