sábado, 31 de maio de 2014

O MISTÉRIO DO NASCIMENTO




Sabemos pelas leis da biologia que o nascimento é um evento comum a todos os seres vivos e que é fundamental para a preservação da espécie. No que se refere aos seres humanos as leis biológicas são as mesmas concorrendo para isso a participação do homem e da mulher no processo de conjugação sexual em que cada um sede os gametas que irão se unir para que haja a fecundação. Após a união do espermatozóide com o óvulo inicia-se o processo de fecundação, desenvolvido em várias etapas de multiplicação celular até que esteja formado o novo ser que após o nascimento será uma criança com vida independente. Aprendemos pela embriologia todas as etapas de multiplicação celular encaminhando direcionalmente para a diferenciação das células que irão formar os respectivos órgãos até a completa formação do embrião que aguarda a hora de seu nascimento. Ao nascer a criança já é um ser independente e com vida própria ensaiando para um existência em nosso mundo. Se a criança já tem as suas características traçadas no que se refere às suas qualidades de temperamento, potencial intelectual, personalidade, compleição física e aparência é de se supor que ela tenha também uma alma ou espírito que anima aquele corpo de carne e osso. Na verdade todas as qualidades intelectuais e morais que detém uma criança não pode provir de seu corpo físico, mas sim de seu espírito. Se uma criança quando nasce já é possuidora de um espírito então em que momento da gestação esse espírito se une ao corpo em formação no útero materno? Segundo os ensinamentos espíritas o espírito que vai nascer já se encontra junto da mãe logo após se estabelecer a fecundação do óvulo e também é o espírito ou os seus assessores do processo encarnatório que determinarão qual o espermatozoide que irá fecundar o óvulo atendendo as características hereditárias que terá o novo corpo em função das necessidades do espírito. Assim poderá nascer um corpo saudável ou enfermo e defeituoso para que o espírito tenha condições através desse corpo de resgatar seus débitos passados, atendendo à necessidade da sua própria evolução. È comum ver-se gêmeos univitelinos com igual carga hereditária e completamente diferentes de personalidade, intelectualidade, tendência artísticas, etc., o que só pode ser explicado pela diferença entre os seus espíritos. Os espíritos não são criados no momento do nascimento de uma criança, porque sendo assim todas teriam que ser iguais , o que não é o caso e também como se explicaria a diversidade de seres humanos a tal ponto de não existirem duas pessoas idênticas? Somente pela diferença dos espíritos é que se pode com lógica explicar tal realidade. Ora se os espíritos são diferentes entre si, como pode existir esta diferença admitindo que foram criados por Deus nas mesmas condições e com as mesmas possibilidades de progresso e evolução? A única explicação plausível assentada na lógica e no bom senso é que estes espíritos tiveram vivências e aprendizados diferentes uns dos outros o que só pode se dar pelas vidas sucessivas através da reencarnação.
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sexta-feira, 30 de maio de 2014

VIAGEM ASTRAL



Viagem astral ou desdobramento espiritual consciente se refere à saída do espírito do corpo ainda vivo sob determinadas condições em estado alterado de consciência a que chamamos de transe, que pode ser mediúnico ou não. No desdobramento espiritual, dependendo de cada indivíduo, o espírito pode ter um afastamento mais ou menos longo e demorado dependendo de suas qualidades espirituais e, sobretudo, do seu treinamento com guias competentes e responsáveis.  A prática do desdobramento espiritual pode ser útil quando tem por finalidade a prática do bem e da caridade, assim mesmo, quando coordenada por uma equipe espiritual com plena autorização para realizar este trabalho. Quanto à viagem astral realizada sem esses requisitos pode apresentar muitos riscos, por vezes tão perigosos que pode trazer sérios danos ao espírito em desdobramento, comprometendo-o muitas vezes a sua saúde orgânica e pior ainda, podendo sofrer obsessão com graves conseqüências. É preciso entender que quando se sai do corpo pelo desdobramento espiritual, vamos entrar em outro mundo de uma vastidão e complexidade ainda mal compreendida, sem termos uma orientação do lugar em que estaremos e nem do tipo de paisagem e de ambiente que iremos encontrar, acrescido do pior ainda, que tipo de gente iremos encontrar e qual o relacionamento que podemos esperar desses espíritos desconhecidos que na sua grande maioria são espíritos inferiores, perversos, facínoras, psicopatas ou espíritos de grande força e poder que não temos elementos para uma avaliação aproximada. De qualquer forma qualquer indivíduo que se decida a fazer um desdobramento espiritual consciente deve levar em consideração todos esses fatos. Mesmo acompanhado de um guia espiritual, a não ser em caso de trabalho mediúnico em missão de caridade, todo iniciante corre sérios riscos quando em desdobramento espiritual porque não pode prever o que pode acontecer neste mundo desconhecido do Umbral e das regiões abissais. Agora eu pergunto, porque esse interesse em fazer viagem astral que muitas vezes não passa de turismo astral frente a tantos perigos e imprevistos que podem ocorrer nestas situações? Se estamos na Terra ainda encarnados é porque esta vivência é muito importante para o progresso de nosso espírito e devemos aproveitar o máximo possível de nosso tempo. Não tínhamos pressa em adentrar agora o mundo espiritual porque logo o faremos em definitivo quando chegar a morte.

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quinta-feira, 29 de maio de 2014

VIDA EM OUTROS PLANETAS





         De acordo com os dados provenientes de cálculos astronômicos, a nossa galáxia que conhecemos como “Via Láctea”, possui aproximadamente duzentos bilhões de estrelas e que o universo possui cem milhões de galáxias. Baseando-nos nestes cálculos astronômicos podemos deduzir que o número de estrelas que existem no universo é praticamente incontável. Ora, o nosso sistema solar nada mais é do que um ínfimo grão de areia ante essa grandiosidade incomensurável de sistemas solares e que a ciência ainda desconhece. Se considerarmos apenas os dados apresentados pela astronomia, é forçoso admitir pela simples lógica da possibilidade de existirem outros planetas semelhantes à Terra e que albergam também vidas iguais  as nossas. Na verdade a Terra como planeta é insignificante diante de nossa própria galáxia, o que dizer então com relação ao universo? Se considerarmos a humanidade terrena em seu atual estágio evolutivo como padrão de evolução dos seres humanos, como seriam então as outras humanidades? Forçoso é admitir que devam existir outros planetas que estejam bem mais adiantados do que a Terra e também a possibilidade de existirem outros planetas inferiores. Quando Deus criou os mundos evidentemente não privilegiou somente este insignificante planeta para albergar os seres vivos.

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terça-feira, 27 de maio de 2014

CÉU E INFERNO

PARAÍSO
ABISMO    UMBRAL

         As igrejas cristãs têm apregoado como base teológica o conceito de céu e inferno como lugares existentes no mundo dos mortos destinados a receberem,  respectivamente, as almas daqueles que foram bons e cumpriram as leis Deus e os rebeldes e maus que descumpriram estas mesmas leis. Como conceito de céu entendemos um lugar paradisíaco onde só existe paz, felicidade e alegria de conviver entre os bons e pacíficos, cumprindo a vontade de Deus destinada aos eleitos. E inferno um lugar lúgubre, tétrico, trevoso, onde se destinam as almas condenadas ao sofrimento contínuo, sem tréguas ou qualquer vislumbre de esperança. Embora para a maioria das pessoas de certo grau de instrução considere esta conceituação das igrejas cristãs apenas como alegoria para dar uma razão de seguir os preceitos religiosos e que esta figuração já não tem atualmente quase nenhuma credibilidade, apenas subsiste como uma tradição obsoleta, sem qualquer fundamento, todavia, existem milhões de pessoas que acreditam fielmente nas igrejas cristãs no que ensinam a respeito de céu e inferno. Contudo, alicerçado no conhecimento das obras espíritas e nos ensinamento dos próprios espíritos podemos dizer que estas figurações de céu e inferno das igrejas cristãs apresentam somente um vislumbre da destinação das almas depois da morte, na realidade o que vamos encontrar depois da morte ainda é quase que totalmente desconhecido pelos homens, mas uma coisa é certa quanto a separação dos bons e dos maus segundo tenham ou não cumprido as leis de Deus. O que podemos dizer é que o que se entende por inferno é muito mais abrangente e tenebroso, incompreensível pelos homens da atualidade, adstritos ao raciocínio lógico e materialista. Existe um mundo, onde se encontram os espíritos dos homens que viveram aqui na Terra, constituído também de matéria, mas diferente da matéria física em que vivemos, que envolve e interpenetra literalmente o nosso planeta. A região que envolve a Terra é conhecida nos meios espiritualistas de Umbral, e a que interpenetra a Terra preenchendo o seu interior de Abismo. As regiões superiores ao Umbral, onde predomina a luz, é a morada dos espíritos superiores, os que já alcançaram um progresso espiritual que os credencia aos méritos recebidos. Podemos dizer então que o umbral mais próximo da Terra é onde habitam os espíritos ainda sobrecarregados de débitos que devem ser ressarcidos neste ambiente de sofrimentos, decepções, remorsos, rebeldia, alucinações, de acordo com a natureza de seus erros. O umbral é de uma complexidade tal que é praticamente incompreensível pelo nosso critério de avaliarmos as coisas do mundo físico em que vivemos. Se o umbral é constituído de outra espécie de matéria é lógico também entender que a noção de espaço e de tempo é diferente da do mundo material em que vivemos como homens. Não se encontram no umbral somente espíritos endividados ressarcindo seus erros, mas espíritos que passaram pelos tormentos e ao invés de se redimirem tornaram-se rebeldes e renitentes aderindo às falanges do mal e que constituem os feitores cruéis dos espíritos endividados como também da própria humanidade terrena. Este quadro apresentado do umbral é apenas uma insignificante fatia do todo que constitui essa imensidão que nos envolve em outra dimensão. Se falar do umbral já se afigura quase como indescritível, o que então poderíamos dizer do incomensurável abismo? Alguns autores descreveram algumas facetas do abismo a que tiveram acesso durante o seu desdobramento espiritual acompanhados de seus guias como uma graça de Deus para alertarem os homens desta terrível realidade. O primeiro homem a descrever o abismo, conhecido também como inferno, foi o escritor italiano Dante Alighieri, no livro “A Divina Comédia”. Dentre alguns dos escritores espíritas citamos o livro “O Abismo” de Rafael Ranieri (já falecido); uma série de livros escritos pelo médium Robson Pinheiro e que tratam também da vivência espiritual do abismo. A literatura espírita é muito vasta e abrangente no que diz respeito à vida no mundo espiritual. Aqui neste Blog quisemos apenas despertar o interesse dos leitores para que procurem se informar na literatura especializada e confiável sobre este assunto.
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segunda-feira, 26 de maio de 2014

CARMA




         Muito se tem falado sobre destino, fatalidade, determinação ou a vontade de Deus para as coisas que nos acontecem e que podem ser boas ou más e não dependem de nossa vontade, simplesmente acontecem. Quando os acontecimentos que nos colhem durante nossa existência são infelizes, dolorosos, decepcionantes, carregados de sofrimentos e muitas vezes inexplicáveis, então dizemos que é o nosso Carma. Existe uma lei universal chamada de “Causa e Efeito” que coordena tudo o que acontece no universo inclusive com as humanidades. Essa lei controla o nosso destino de acordo com a condição em que nos situemos perante a vida, isto é, recebemos aquilo que merecemos em decorrência de nossas atitudes, ou melhor dizendo, colhemos aquilo que plantamos seja na presente vida ou na anterior. Embora os corpos físicos que nos revestimos durante as existências passadas sejam diferentes e também as condições de vida social, financeira, familiar, etc., o espírito é sempre o mesmo e a lei de causalidade se refere ao espírito, de forma que onde estiver o espírito ele estará sujeito à lei, seja encarnado ou como espírito livre; seja numa encarnação ou em outras futuras, deverá resgatar seus erros cometidos contra a Lei de Deus. De forma que a lei de causa e efeito nada mais representa do que a justiça de Deus. Quando o homem adquiriu o raciocínio e pode discernir entre o bem e o mal, Deus lhe concedeu também  o livre arbítrio, isto é, a liberdade de fazer as suas escolhas, mas na condição de ser responsável por elas. Assim, a cada escolha corresponde uma conseqüência, seja ela boa ou má, dependendo do tipo da escolha feita. Se a escolha estiver de acordo com as leis de Deus os resultados serão benéficos, ao contrário trarão sofrimentos e infelicidade. Isto não significa que Deus castiga uns e premia outros, mas que os que erram e, portanto, transgridem as suas leis tenham a oportunidade de refazerem seus erros. É evidente que a correção dos erros nem sempre é suave em decorrência da própria educação dos espíritos faltosos. Contudo ninguém recebe um encargo maior do que pode suportar. A lei de causa e efeito é mais corretiva do que punitiva e faz parte do programa Divino de nossa evolução espiritual.
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domingo, 25 de maio de 2014

REENCARNAÇÃO



Após a morte, o espírito adentra o mundo espiritual nas mesmas condições em que se despediu da Terra, isto é, com a mesma bagagem intelectual e moral como também sua personalidade, seus vícios e suas tendências, até as enfermidades que o acompanharam ao túmulo ainda estão impregnadas em seu corpo espiritual, que também é constituído de matéria, embora diferente da matéria do corpo físico que deixou no túmulo. É bom salientar que quando o espírito está encarnado os seus corpos físico e espiritual estão intimamente ligados tanto ao nível dos órgãos quanto ao das próprias células. Parece estranho dizer-se que o espírito possui células e órgãos iguais ao do corpo físico, mas na verdade se o espírito não tiver um corpo íntegro e definido, o que seria ele? No universo não existe somente um tipo de matéria, mas uma infinidade de variações entre matéria e energia que desconhecemos, mas que são reais e atuantes. Na verdade matéria é a energia condensada ou congelada e energia é a matéria irradiante. É um grande engano se pensar que o mundo espiritual é uma abstração ou algo vaporoso e indefinido, imaginado pela crença popular que desconhece as leis do universo. O mundo espiritual é muito mais real e vibrante do que o mundo material em virtude da lentidão da própria matéria física ou grosseira. A vida no mundo espiritual é praticamente indescritível em termos do nosso vocabulário, adstrito às necessidades de nossa existência física. Mesmo com as descrições dos médiuns videntes e das comunicações com os espíritos, não conseguimos visualizar nem um centésimo da realidade espiritual.
Os espíritos que chegam ao mundo espiritual em boas condições morais, isto é, que não trouxeram da Terra ressentimentos, angustia, remorsos e inimizades de sua parte, logo se adaptam às novas condições de vida e se integram à coletividade a que pertencem, mas os que estão pesados em sua consciência por terem cometidos delitos contra seus irmãos da Terra e violado as leis de Deus terão que se redimir em longo estágio de sofrimento, remorso, angústia até que consigam receber o aval de sua libertação e recomeçar uma nova vida calcada em outros valores. Embora no mundo espiritual haja progresso do espírito, não é o suficiente para  resolver todas as deficiências e débitos contraídos por ele  na existência terrena, razão pela qual deve voltar a reencarnar-se  para dar continuidade ao seu progresso espiritual como também para ressarcir os débitos acumulados. 
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

VIDA APÓS A MORTE




A morte dos seres vivos é um fenômeno natural que faz parte do ciclo da vida. Tudo o que nasce tem obrigatoriamente que morrer e assim cumpre um propósito de renovação e progresso da natureza. Embora seja um processo natural e, portanto obrigatório, a morte assume aspectos diversos entre os seres humanos como conseqüência da diversidade de formação intelectual e moral que cada um adquiriu durante todo o seu tempo de aprendizado como ser humano. De maneira que a interpretação da morte varia entre as pessoas independente do grau de formação intelectual ou moral de cada um. Assim, muitos encaram a morte como extinção da vida, isto é, tudo acaba no túmulo com a morte do corpo físico. Para essas pessoas denominadas de materialistas só existe vida no corpo físico como produto da própria natureza e que as qualidades morais e intelectuais são produtos da atividade cerebral adquiridas durante a atual existência. Não entrando no mérito desta questão porque não tem fundamento lógico e nem experimental, temos que considerar que o ser humano tem um corpo físico que lhe serve de instrumento de relacionamento no mundo material e uma alma ou espírito que independe do corpo físico e que sobrevive após a morte do mesmo. Ora, se o homem é um espírito temporariamente aprisionado num corpo de carne, o que acontece então pela morte deste corpo, já que o espírito é independente dele e se liberta após a sua morte? Se existe um mundo material tem que existir também um mundo espiritual aonde vão os espíritos libertos de seus corpos materiais. Contudo, para onde vão os espíritos após a morte do corpo físico? Essa é a pergunta que tem intrigado a humanidade desde os seus primórdios. Se considerarmos que todas as qualidades morais, intelectuais e artísticas do homem pertencem ao espírito e, conseqüentemente, todo o progresso alcançado por ele dependeram da atividade do seu espírito e fácil de concluir que no mundo espiritual deve acontecer o mesmo acrescido ainda de que neste mundo o espírito está liberto das injunções do corpo material. Para isso temos que admitir que após a morte do corpo físico o espírito conserva a sua individualidade e todo o seu patrimônio moral e intelectual que já tenha alcançado aqui na Terra. Por outro lado temos que admitir também que no mundo espiritual os espíritos se agrupam em decorrência da afinidade que existe entre eles, isto é, os semelhantes se traem. Quando falamos em mundo espiritual queremos apenas dizer o mundo em que vivem os espíritos libertos da carne e não necessariamente que este mundo não seja também constituído de matéria. Evidentemente não da mesma qualidade da matéria do mundo físico em que atualmente vivemos, mas de outro tipo de matéria mais sutil ou de uma diferente freqüência vibratória. Embora a matéria do mundo espiritual seja diferente da do mundo físico elas se interpenetram formando um todo contínuo. Sendo assim, não é de se estranhar que no mundo espiritual existam construções, colônias, vilas e cidades onde moram e se relacionam os espíritos. A vida no mundo espiritual é mais vibrante e intensa do que a vida no nosso  mundo material. Voltando à questão do destino dos espíritos após a morte do corpo temos a dizer que no mundo espiritual prevalece a lei da afinidade, isto é, os espíritos são atraídos naturalmente para os seus afins, quer dizer que os ladrões são atraídos pelos grupos de ladrões já existentes no mundo espiritual, assim também para os gananciosos; os venais, os hipócritas; os assassinos e assim por diante e do lado contrário, os bons; os caridosos; os honestos e todos que praticam o bem são também atraídos pelos seus homólogos. Por isso que existem no mundo espiritual regiões de beleza e felicidade entre os bons e regiões de sofrimento, maldade  e escuridão entre os maus. É a lei de justiças de Deus, dando a cada um de acordo com o seu merecimento. No mundo espiritual cada um colhe o que plantou quando na Terra. Contudo nada neste mundo é permanente, a misericórdia de Deus está em toda parte e, mesmo nos antros de sofrimento sempre há esperança de redenção para os espíritos endividados com a lei de Deus.
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

OBSESSÃO



A obsessão é o fenômeno pelo qual uma mente domina outra mente com fins maléficos. A obsessão sempre cria uma situação degradante e constrangedora, podendo muitas vezes levar o obsediado à loucura ou até mesmo à morte. A obsessão não é uma condição rara, mas ao contrário, está disseminada em larga escala por toda a humanidade. A obsessão pode se dar entre Espíritos e encarnados como entre os próprios Espíritos no mundo espiritual. Existem muitas graduações das influências espirituais, desde uma simples sugestão até o domínio completo da mente subjugada. Os motivos que levam os Espíritos a praticarem a obsessão são os mais variados possíveis desde um simples divertimento até a vingança mais cruel. O processo obsessivo começa geralmente como uma leve influenciação em que o obsessor vai se assenhoreando gradativamente da mente do obsediado. Se não houver neste início de influenciação nenhuma mudança da pessoa que está sendo objeto do processo obsessivo ou nenhuma ajuda de natureza espiritual por pessoas com conhecimento de técnicas de  desobsessão, então a situação se agrava a cada dia até o ponto em que seja irreversível. As manifestações obsessivas se apresentam nas mais variadas formas, desde simples reações orgânicas como contrações tipo epiléticas; mudança repentina de comportamento; conversação sem concatenação de idéias até atitudes agressivas e perigosas. Muitas vezes o obsediado assume atitudes animalescas de acordo com a mentalidade do espírito obsessor. No caso especial de “Poltergeist” além do processo obsessivo aparece também fenômenos de manifestações físicas em decorrência do próprio obsediado possuir um tipo de mediunidade desta natureza, isto é, de manifestação física.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

MEDIUNIDADE





Mediunidade é a faculdade ou o dom que algumas pessoas possuem de poder perceber o mundo espiritual como também entrar em contato com os Espíritos. A pessoa que possui a mediunidade já nasce com ela, porque a mediunidade está na dependência de uma disposição especial do corpo humano, sendo assim ela não depende de nenhum fator como idade, sexo, raça, saúde, religião, instrução ou qualquer outro atributo que não seja aquela disposição orgânica que lhe confere uma sensibilidade toda especial que permite ultrapassar os sentidos físicos. Sendo assim, a mediunidade pode se manifestar em qualquer indivíduo a qualquer época de sua vida se for detentor desta faculdade. A mediunidade, conforme foi denominada no Espiritismo, recebe outros nomes em outras religiões e sociedades espiritualistas e científicas que a estudam. Por exemplo, na Igreja Católica como Carisma; na parapsicologia como Paranormalidade, etc. A mediunidade é uma faculdade importante para a humanidade porque vem demonstrar  com certeza que a vida continua depois da morte e que os Espíritos nada mais são do que os homens que viveram aqui na Terra, com todas as suas características de personalidade e a sua integridade física e moral. Existem muitos tipos de manifestações mediúnicas, dependendo das características de cada médium como também dos Espíritos manifestantes. Assim temos: psicografia; psicofonia; pictografia, vidência; premunição; sonambulismo e efeitos físicos como os chamados “ Poltergeist”. É também pela mediunidade que Espíritos malévolos podem influenciar as pessoas que possuem mediunidade com mais facilidade do que pessoas comuns e conforme a intensidade da influenciação conseguem o domínio mental e mesmo físico dessas pessoas, conduzindo-as a um processo de obsessão e muitas vezes à loucura.
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quinta-feira, 15 de maio de 2014

E O VENTO LEVOU



“E o vento levou” é um clássico do cinema mundial, sem dúvida o filme mais assistido no ocidente e talvez nunca mais tenhamos outro filme igual. Trata o filme da vida dos sulinos antes e depois da guerra civil americana. Retrata a vida dos escravos e a aristocracia orgulhosa e exclusivista, vivendo no luxo e no esbanjamento e tudo isto destruído pela guerra. Inspirado neste filme e transportando a imagem para o Brasil da atualidade podemos dizer que aqui também o vento levou, mas não a aristocracia e nem os poderosos. O que aconteceu no Brasil foi justamente o contrário. Não foi a destruição de uma guerra, mas muito pior que a guerra que só destrói as coisas materiais, mas o vento da imoralidade e da corrupção que levou tudo de bom e de integridade moral que tinha sido conquistado com esforço e trabalho pelos brasileiros. A destruição da guerra pode ser reconstruída com o tempo, mas a degradação moral de um povo não se reconquistará tão cedo e talvez nossos netos e bisnetos sofrerão os efeitos degradantes deste vento pestilento da imoralidade.
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terça-feira, 13 de maio de 2014

SILÊNCIO MORTAL



Onde estão as vozes que ecoaram neste país em tempos remotos e que o transformou numa nação independente? Onde estão os brados heróicos que incentivaram um povo a lutar pela sua liberdade? Não se ouve mais nada, um silêncio lúgubre abafou a voz dos poucos patriotas que surgiram neste país. Como gostaria de estar às margens do Ipiranga no glorioso setembro e ouvir a voz de Dom Pedro I “Independência ou morte”. Como gostaria de estar no julgamento de Tiradentes e ouvir de sua voz “Liberdade ainda que tardia”. Como gostaria de ouvir a voz do Almirante Barroso durante a guerra do Paraguai: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. Como gostaria de estar no Senado Federal e ouvir a voz de Rui Barbosa: “Chegará um tempo em que o homem terá vergonha de ser honesto”. Mas guardo comigo a lembrança viva quando o povo saia nas ruas gritando com entusiasmo: “Diretas já”. Mas há muito tempo não se ouve mais nada. Um silêncio de morte cobre toda a nação. O povo parece estar alienado das obrigações no que diz respeito aos seus direitos e deveres. Na Roma antiga os imperadores distraiam o povo com divertimentos no Circo de Roma para que pudessem governar com arbitrariedades de todo gênero sem que houvesse qualquer revolta do povo. Aqui no Brasil a situação é a mesma só que ao invés do circo temos carnaval e futebol, além das esmolas camufladas de bônus. Já é hora para acordar para a nossa realidade e pelo menos ter a consciência de se dar ao trabalho de melhor escolher os candidatos que irão governar este país.

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segunda-feira, 12 de maio de 2014

ALI-BABÁ E OS QUARENTA LADRÕES



Ali-Babá e os quarenta ladrões fazem parte dos contos Árabes das mil e uma noites. Ali-Babá era um moço pobre que vivia de serviços prestados a outras pessoas do seu vilarejo no país da Pérsia. Contentava-se com a sua vida simples, mesmo porque não tinha recursos para desejar algo melhor. Um dia, no seu trajeto para o vilarejo defrontou com uma caravana que vinha em sua direção e como não sabia o que era se escondeu atrás de uma árvore e ficou observando quem eram aqueles homens. A caravana composta de um líder e de mais quarenta homens estacaram em frente a uma grande rocha. O chefe desceu em seguida e defronte da rocha disse estas palavras: “Abre-te Sésamo” e em seguida abriu-se uma fenda na rocha e eles entraram na gruta. Ali-Babá percebeu também que aqueles homens carregavam sacos que estavam cheios até a boca. Assim que esses homens foram embora e movido de curiosidade chegou até a  rocha e disse as mesmas palavras que tinha ouvido do chefe: “ Abre-te Sésamo” e qual não foi a sua surpresa quando a rocha se abriu novamente deixando exposta uma grande quantidade de ouro, pedrarias e muitas moedas valiosas. Espantado, mas contente com o que tinha achado, concluiu que aqueles homens eram ladrões e que escondiam nesta gruta os tesouros roubados. A história prossegue e Ali-Babá fica com os tesouros e os ladrões foram mortos. Esta história serve de inspiração para contar  outra história que se passa no Brasil e que tem muito em comum com a de Ali-Babá. Um jovem muito pobre que nasceu lá no sertão vivia sua vida na maior humildade junto com todos aqueles  que sofrem as agruras do sertão, mas sonhava um dia ir para a cidade grande decidir a sua sorte. O destino muitas vezes nos surpreende com os acontecimentos que nem sonhamos poderem se tornar  um dia em realidade. Todavia isto aconteceu a este moço que por capricho do destino conseguiu realizar os seus sonhos de grandeza e poder. Aconteceu o mesmo que com Ali-babá quando deparou com todo aquele tesouro à sua disposição, somente com uma diferença no que se refere à origem do tesouro; no primeiro caso o  tesouro era dos ladrões e no segundo caso o tesouro vinha da economia do povo. Se quisermos atualizar esta história diríamos que neste caso ao invés de os ladrões serem mortos eles foram convidados a participarem do tesouro encontrado e ainda mais, multiplicaram-se tanto que se perdeu a conta de quantos são agora.
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domingo, 11 de maio de 2014

O PATINHO FEIO



O patinho feio faz parte de um conto de fadas escrito por Hans Christian Andersen como uma crítica à discriminação pessoal. Nesse conto, uma pata muito orgulhosa de seus primeiros rebentos teve uma surpresa muito constrangedora quando o último ovo a eclodir saiu um patinho bem diferente dos seus primeiros patinhos e por sinal também bem feio para o padrão comum. Como conseqüência esse pobre infeliz foi desprezado e maltratado por todos os outros patinhos, rebentos privilegiados da orgulhosa mãe. Quanto à distribuição da comida era o último a se alimentar, isto quando sobravam algumas migalhas dos privilegiados. O tempo passou e o patinho feio teve que se aventurar sozinho pelo mundo já que não tinha ninguém que cuidasse dele. Porém, o destino lhe reservara uma surpresa e quando cresceu se transformou num lindo cisne, suplantando em beleza e tamanho seus infelizes companheiros de outrora. Se transplantarmos essa história para o Brasil veremos que tem muito em comum com o que se passa na atualidade. A pata orgulhosa cuida com extremo cuidado de seus rebentos privilegiados dando-lhes todas as oportunidades de se refestelarem no luxo e no esbanjamento, acomodando-os em posições de destaque e acobertando todas as suas travessuras. Porém, para o patinho feio, que sobrevive de migalhas e esmolas, não lhe sobrou nada, nem mesmo o necessário para uma sobrevivência digna, a não ser a de servir humildemente  os seus irmão privilegiados. No conto de fadas o patinho feio se transforma num lindo cisne, mas na realidade brasileira o patinho feio será sempre o mesmo.
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

GULLIVER E OS ANÕES


Gulliver, um personagem da literatura clássica, descrito no livro de Jonathan Swift “As viagens de Gulliver” se encontra, após o naufrágio, na terra de anões ou Lilliput. Considerado como inimigo foi imobilizado e aprisionado pelos anões que o levaram para a sua gente a fim de ser sentenciado pelos poderes constituídos daquela cidade. Se fizermos uma analogia com o que acontece atualmente no Brasil teríamos uma história semelhante. O Brasil permanece ainda como o gigante adormecido que por circunstâncias da fatalidade foi aprisionado pelos anões da imoralidade e da corrupção e conduzido para o julgamento dos poderes que eles mesmos estabeleceram ao seu favor. As aventuras de Gulliver é uma ficção literária, mas o Brasil é uma realidade.
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quinta-feira, 8 de maio de 2014

CONTRADIÇÕES



            Vivemos num mundo de contradições em que nada mais tem confiabilidade e nem estabilidade, como se fosse um balão solto ao sabor do vento. A humanidade segue alienada, impulsionada pelos interesses imediatistas e passageiros como se fossem marionetes controladas pelas mãos dos que detêm o poder, qualquer que seja ele, político, econômico, militar, religioso ou simplesmente pelos prazeres do mundo. Assim a história se repete sem que haja alguma modificação das massas, independente da motivação ou dos personagens que se destacaram na história. Quando Jesus Cristo esteve neste mundo e no final de sua vida demonstrou claramente o poder volúvel do povo que num domingo foi ovacionado pela multidão que o seguia para o Templo de Jerusalém cantando glória a Deus em louvor ao seu Enviado dizendo: “Salve o Messias, filho de Davi”, colocando folhas de palmeiras para o Senhor passar, montado num burrinho e recebido no pátio do Templo como o Rei dos Judeus, para depois de cinco dias, ser acusado de blasfemo e entregue à justiça de Roma e ser condenado pelo mesmo povo que o ovacionara poucos dias antes. Quando, durante o julgamento de Jesus o governador Pôncio Pilatos deixou ao povo a escolha da liberdade entre Jesus e Barrabás, se ouviu uma única voz: Barrabás. O tempo passou mais o povo continua na mesma alienação dos interesses legítimos para o seu crescimento moral e intelectual no cumprimento da lei que rege a evolução humana. Quero me reportar mais uma vez às condições que estamos vivendo no Brasil, que não difere dos acontecimentos do passado com relação às manobras das massas. Hoje criticamos os políticos por serem corruptos, imorais, incompetentes e esbanjadores do dinheiro público, mas na época das eleições o povo, indiferente, vota nos mesmos candidatos que antes eram condenados, escolhendo Barrabás mais uma vez.
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segunda-feira, 5 de maio de 2014

ETIOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA. III




Os carboidratos, particularmente os açúcares, exercem um papel fundamental na formação da cárie dentária como fonte de energia para a manutenção do metabolismo bacteriano e conseqüentemente para a formação de ácidos de fermentação e como matéria prima para a síntese de macromoléculas, particularmente os polissacarídeos extracelulares, mas também exercem um papel não menos importante que é o de exercerem uma força osmótica devido à alta concentração de açúcar que muitas vezes se encontra na superfície do dente. Por exemplo, uma bala mole tipo “Toffe” ou um chocolate contém aproximadamente 50% de açúcar. Para entendermos melhor a ação osmótica do açúcar sobre o dente, devemos primeiramente definir o conceito de osmose. Osmose é o fenômeno pelo qual a água passa de uma solução mais diluída para uma solução mais concentrada de soluto quando essas soluções estiverem separadas por uma membrana semipermeável. Se fizermos uma analogia com o dente teremos um fenômeno semelhante sendo que a solução  concentrada de açúcar está na superfície do dente e a solução diluída em seu interior, constituída pela água de solvatação dos prismas do esmalte. Pela ação osmótica do açúcar na superfície do dente resulta uma movimentação de água do interior do esmalte para a sua superfície, provocando uma desidratação temporária do esmalte. Como o esmalte está intimamente integrado à dentina subjacente, por meio da junção amelo-dentinária, a tendência é de que a água da dentina passe para o esmalte a fim de restabelecer a condição de concentração primitiva. Normalmente este fenômeno é restabelecido em seu equilíbrio sem outras conseqüências, mas quando o fenômeno é repetido freqüentemente resulta um desequilíbrio entre a superfície do esmalte e o seu interior promovendo um fluxo maior de liquido da dentina para a superfície do esmalte com danos para a integridade de sua estrutura, isto é, muitos íons importantes para o equilíbrio químico do esmalte podem estar deficientes como também produtos metabólicos da dentina, particularmente o ácido láctico. podem ser carreados para a superfície do esmalte com risco de alterar a sua permeabilidade. Publicamos um trabalho experimental, juntamente com colaboradores, demonstrando que aplicando uma solução de açúcar na superfície de um dente jovem hígido, após 20 minutos de exposição aparece na solução de açúcar o ácido láctico proveniente do metabolismo dentinário ( Rev. Ass. Paul. Cir. Dent. 1981. março-abril, 35(2): 106-108.). Portanto, podemos concluir que o açúcar é o elemento chave da produção da cárie dentária pelas seguintes condições: 1- Fonte de energia para o metabolismo bacteriano. 2- Matéria prima para a síntese de macromoléculas principalmente de polissacarídeos extracelulares. 3- Ação osmótica sobre a superfície do esmalte.

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sábado, 3 de maio de 2014

ETIOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA. II


                              CORTE DE DENTE POR DESGASTE MOSTRANDO A CÁRIE INCIPIENTE (INICIAL). NOTAR QUE A DESCALCIFICAÇÃO DENTINÁRIA PRECEDE À DESTRUIÇÃO DO ESMALTE 



A importância da fermentação bacteriana na Odontologia iniciou-se com os estudos de Willoughby Miller, um dentista americano que se especializou em microbiologia no Instituto de Microbiologia da Alemanha, tendo como diretor o famoso microbiologista Robert Koch, o descobridor do bacilo da tuberculose. Estudando a etiologia da cárie dentária Miller enunciou a teoria acidogênica da cárie publicada em 1890 no livro: “The physiology of the microorganisms of the mouth”. Segundo esta teoria a cárie dentária seria produzida pela ação dos ácidos de fermentação das bactérias acidogênicas do meio bucal sobre o esmalte dentário ocasionando a sua dissolução e posteriormente a cavidade por onde penetrariam as bactérias promovendo a destruição do dente. Esta teoria, com algumas modificações prevalece até os dias atuais. Em 1954 os pesquisadores americanos Orland e colaboradores publicaram no Journal Dental Research em 1954 um trabalho científico que veio confirmar cabalmente a teoria acidogênica de Miller da cárie dentária. A experiência de Orland e colaboradores consistiu em produzir ratos isentos de germens “germfree” em laboratório e submeter esses animais a uma dieta cariogênica rica em açúcar utilizada usualmente para produzir cáries em animais convencionais. Após o tempo previsto para a produção de cáries nos ratos, esses animais foram examinados para a avaliação da presença de cáries ( dissolução do esmalte). Nesse mesmo período em que os animais convencionais apresentavam abundantes cáries os animais “germfree” se apresentaram livres de cárie. Com esses resultados ficou comprovado que a cárie dentária é produzida pela ação fermentativa das bactérias acidogênicas da cavidade bucal sobre o esmalte dentário. Com o decorrer dos estudos da cárie dentária procurou-se identificar as bactérias que estariam envolvidas com a instalação do processo carioso. A princípio identficou-se o Lactobacilo Acidófilo como o mais provável causador da cárie em virtude da sua capacidade acidogênica e acidófila. Porém esta bactéria tem pouco poder de colonização da superfície dentária o que é um fator decisivo para a ação contínua sobre o esmalte do dente. Atualmente a bactéria que apresenta maior poder cariogênico é o streptococcus mutans, não só pela sua capacidade acidogênica e acidófila, mas também pela sua capacidade de colonização da superfície do dente mediante a produção de polissacarídeos extracelulares que auxiliam a bactéria a se fixar na superfície do dente. Outros fatores estão envolvidos no desempenho e capacidade cariogênica da bactéria como os carboidratos, particularmente os açúcares que servem de fonte energética para o metabolismo bacteriano como também de material de síntese dos polissacarídeos extracelulares.
Por outro lado, pesquisas relacionadas à cárie experimental em ratos “germfree” conduzidas pelo professor Ralph R. Steinmann e seus colaboradores na década de 70, na “School of Dentistry – Loma Linda University – Califórnia – USA”, reproduzindo a experiência de Orland e colaboradores com o estudo da cárie experimental em ratos “germfree” confirmaram os achados desses pesquisadores no que diz respeito ao não aparecimento da cárie, todavia o professor Steinmann e colaboradores estenderam suas pesquisas no sentido de averiguarem a integridade e a função dos dentes dos ratos “germfree” submetidos à dieta cariogênica. Embora os ratos “germfree” não apresentassem a destruição do esmalte como nos ratos convencionais submetidos à mesma dieta cariogênica, apresentavam, contudo, uma alteração estrutural e metabólica dos dentes. A conclusão a que chegaram esses pesquisadores é a de que as primeiras alterações apresentadas pelos dentes antes da destruição do esmalte pelos ácidos da fermentação bacteriana se verificam no interior do dente, isto é, alterações do metabolismo dentinário que tornam o dente mais susceptível à cárie pelo aumento de sua permeabilidade  aos agentes agressores ( ácidos de fermentação) da superfície do esmalte.
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sexta-feira, 2 de maio de 2014

BARCA DE CARONTE




Caronte na mitologia Grega era o barqueiro que conduzia os que morriam  para o Hades ( mundo dos mortos) no interior da Terra. Essa travessia era feita com uma barca sobre o rio Aqueronte. Se fizermos uma analogia entre esta história da mitologia Grega e a nossa condição atual no Brasil podemos inferir que estamos numa barca sendo conduzida, nesse caso, pelo governo, para o mundo dos mortos de liberdade; de moral; de patriotismo; de esperança e acima de tudo de descrença em Deus. Uma vez dentro da barca não existe mais retrocesso e o destino final é o próprio Hades desta nação. Então perguntamos se não há uma saída para o caos em que nos encontramos? A única saída para evitar o naufrágio é despertar para a realidade  que estamos vivendo e deixar de ser enganado por ninharias de esmolas que nos são dadas somente para desviar a atenção do descalabro atual. Na Roma antiga o povo era enganado pelos imperadores por migalhas de pão, divertimento e vinho. Hoje mudou somente o tipo de divertimento, pois não existem mais os circos romanos,  que foram substituídos por estádios de futebol; sambódromos e carnaval. Alguém em sã consciência pode aceitar o fato do país em que predomina a pobreza; o analfabetismo; o desemprego; a falta de instrução e saúde precária do povo e sediar a Copa  Mundial de Futebol, considerando os bilhões de reais gastos para um evento de apenas 30 dias e sobretudo de saber que a maior parte do dinheiro arrecadado nos jogos vai para a FIFA? Estamos ou não embarcando na barca de Caronte?
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