O RELÓGIO DO TEMPO

Atravessamos na atualidade uma época de grandes mudanças de ordem social, política, religiosa e científica em que os valores adquiridos ao longo da jornada humana desde o homem primitivo até a civilização moderna adquirem a cada dia novos conceitos que orientam a todo o momento o comportamento humano. Muitas das aquisições atuais trouxeram o progresso e o bem-estar da humanidade, entretanto, outras trouxeram a decadência moral e a infelicidade. Se por um lado a ciência e a tecnologia trouxeram o progresso para o bem estar humano, por outro lado, esse mesmo progresso serviu de destruição e de exploração da humanidade. A ciência descobriu a energia atômica, no entanto os homens construíram a bomba atômica para a destruição de massas. A tecnologia descortinou a maravilha da televisão e do rádio que são instrumentos do progresso da comunicação e do entrelaçamento entre os povos, no entanto, os homens se apropriaram dos meios de comunicação para explorar e controlar o povo de acordo com os seus interesses. A internet é o meio de comunicação mais utilizado no mundo por ser acessível a qualquer indivíduo, entretanto se tornou um veículo de degradação moral com livre acesso às crianças e jovens ainda sem maturidade para um discernimento do que é bom e do que não presta. A maior parte das seitas religiosas está mais interessada em explorar os seus adeptos do que trazer-lhes elevação moral, mesmo porque os seus dirigentes são os que menos têm integridade moral e conhecimento espiritual. A política se tornou um sinônimo de lixo moral acobertada por leis que lhes favorecem a impunidade e a corrupção. Em meio a este caos social em que vivemos atualmente o que se pode esperar do futuro? Contudo o tempo é inexorável e prossegue sem se interromper indiferente aos engôdos humanos. A história tem demonstrado que as civilizações crescem, atingem o ápice para depois declinarem no nada dando ensejo às outras civilizações que ocupam o seu lugar. O relógio do tempo marca uma hora decisiva para a humanidade: Uma mudança radical dos seus valores morais para continuar a sua marcha ascensional ou decair no vale da inutilidade perante as leis universais.

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