A paixão de
Cristo retrata fielmente o quanto os homens estão ainda aprisionados nos
patamares da ignorância e da maldade, rastejando no solo árido de suas vis
paixões. A crucificação de Cristo encerra mais um capítulo da infâmia humana
alimentada pela ambição e pelo orgulho que transformaram os homens em vermes
desprezíveis perante Deus. Na verdade o maior sofrimento de Jesus não foi o da
sua indizível paixão, submetido à brutalidade e à insensatez de mentes
desvairadas, alucinadas pelo poder temporal e que teve a duração de algumas
horas, mas o verdadeiro sofrimento de Jesus dura mais de dois mil anos, em
sentir que todo o seu sacrifício até a sua infame morte não teve o resultado
que deveria ter se os homens considerassem verdadeiramente a importância de sua
sublime mensagem de libertação para a humanidade. A passagem do Cristo pela
Terra foi um cântico de amor e de luz, convidando os homens para o Divino
banquete da emancipação do Espírito humano rumo ao Reino do Céu. O convite de
Deus ainda permanece válido para aqueles que se decidirem corajosamente aceitar
e vivenciar as sublimes lições do Filho de Deus.
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