Movemo-nos no presente como se fosse a
primeira vez que pisamos o solo terrestre sem suspeitar que possamos estar
sobre a influência de um passado remoto. Na verdade, passado, presente e futuro
são os elos da corrente do tempo infinito interligados sem solução de
continuidade de forma que o passado está incutido no presente e este projetado
no futuro. O que se movimenta e se transforma no tempo é a matéria, mas o
espírito permanece incólume pela vida infinita. Trazemos do pretérito longínquo,
perdido nos escaninhos do tempo o acervo de experiências acumuladas nas inúmeras
existências físicas e que não se perdem com o passar do tempo, mas em cada
encarnação essas aquisições vivenciais são temporariamente arquivadas sem,
contudo, serem deletadas da memória espiritual. Embora as lembranças do passado
não se manifestem ostensivamente elas, contudo, podem surgir sutilmente nas
formas de fobias, pendores, aversões, simpatias e antipatias, enfim, nas
reações inconscientes de cada dia sem que sejam apontadas como sendo um reflexo
da passado. Assim também se explica a genialidade precoce de crianças sem que
haja um motivo plausível para tal precocidade.
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