O conceito
de insanidade embora possa abranger uma variedade de desajustes de
comportamento a que uma pessoa possa estar vivenciando indica, todavia, uma
distorção da personalidade e um desequilíbrio mental de variada amplitude,
desde um simples desvio de comportamento até a demência irreversível. Todavia,
existe um outro tipo de insanidade que compromete o senso moral causando um
desajuste do comportamento sem, contudo, afetar o raciocínio. Este tipo de
insanidade é muito pior do que a demência física porque tem conseqüências
desastrosas não somente para o insano, mas, também, se alastra numa amplitude
de comprometimento incalculável. Tal é o caso, por exemplo, da corrupção que
degenera a moralidade e distorce o comportamento de tal forma a transformar a
própria personalidade a fim de alcançar seus ignóbeis objetivos. Na insanidade
moral o indivíduo perde a noção do ridículo e já não consegue mais distinguir o
certo do errado e a mentira da verdade. O insano moral, embora, aparentemente
esteja no controle de suas emoções, não possui mais nenhum valor que o possa
distinguir de uma marionete comandada pelas paixões inferiores. Um exemplo bem
conhecido da história é o imperador Nero que ateou fogo em Roma apenas para ter
uma motivação para seus infames versos. Hoje, embora a situação seja diferente
as conseqüências são semelhantes, pois os insanos morais da atualidade saqueiam
uma nação apenas para regozijo do seu Ego degenerado.
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