quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CÁLICES




Se considerarmos a nós mesmos como um cálice cujo conteúdo é de nossa própria escolha e que nos identifica a preferência, então, pela natureza do que o preenchemos reflete o que desejamos e, conseqüentemente, o que somos. Os avarentos preenchem o seu cálice com moedas; os vaidosos com as imagens de si mesmos; os atrabiliários com fel; os maledicentes com veneno; os viciosos com o que lhes satisfazem o vício; enfim, o conteúdo de cada cálice é o resultado da nossa vida íntima. Todavia, o conteúdo de nosso cálice não só nos identifica a preferência como também acarreta conseqüências que já não dependem mais de nossa escolha. Assim, o egoísta caminhará fatalmente para a solidão; O vaidoso sentirá com o tempo que tudo se transforma e o que hoje é belo e saudável, amanhã estará desgastado e decepcionado consigo mesmo; o avarento terá que aprender que a riqueza não completa a felicidade. A vida nos ensina que o que plantamos hoje colhemos amanhã, independente da semeadura. Por essa razão, a escolha de nossos atos de hoje serão, amanhã, os dirigentes de nosso destino.

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