FÉ É A CONFIANÇA ÍNTIMA DE ALCANÇARMOS AS NOSSAS ASPIRAÇÕES.
Fé é a confiança que temos num poder superior no qual depositamos nossas
aspirações esperando serem realizadas ou também a confiança que temos em nosso
próprio poder de conseguir o que almejamos. Assim temos a fé Divina e a fé
humana. Na primeira depositamos a nossa inteira confiança na providência de
Deus que sempre nos dá aquilo que for de mérito ou de utilidade para nós num
dado momento. A segunda diz respeito a confiança em nós mesmos fruto de nossas
experiências e de nosso conhecimento. Muitas vezes os nossos desejos não são
realizados como pedimos e até o contrário do que solicitamos a Deus. Isto não
significa que nossos pedidos não foram atendidos, mas sim que recebemos em
resposta às nossas solicitações o que era de maior utilidade e benefício para
nós naquele dado momento. Isto se assemelha a um filho que pede ao pai algo que
deseja ardentemente e em resposta recebe uma negativa e com isso se decepciona,
mas mais tarde verá que se seu pedido fosse satisfeito lhe traria graves
consequências. De forma que a nossa fé em Deus deve ser igual a um filho que
deposita no pai toda a sua confiança e que sempre deseja que seja feito o que
lhe for de mais útil e não o que lhe satisfaça os seus caprichos. Todavia, a
convicção tem um significado mais profundo e duradouro porque se traduz numa
certeza inabalável do que acreditamos e aceitamos como parte de nós mesmos. No
campo da religiosidade a fé nos princípios doutrinários nos dá o alento e a força necessários à dar continuidade e
persistência na vivência desses princípios, ao passo que a convicção nos
justifica racionalmente a razão pela qual aceitamos tais preceitos e que os
incorporamos em nossa vida diária como norma de conduta. Quando a fé não se alicerça
em bases racionais, fruto apenas do hábito ou mesmo da tradição dos costumes
pode degenerar-se numa fé inoperante ou ainda pior, numa fé cega, precursora do
fanatismo ou da indiferença. De forma que para a fé se tornar ativa e operante
deve converter-se em convicção, isto é, ser compreendida racionalmente e aceita
com discernimento e liberdade.
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