A origem do homem ainda é matéria de
controvérsia entre os estudiosos do assunto que fundamentados nos achados
arqueológicos procuram encontrar o ancestral primitivo que deu origem à raça
humana. A teoria da evolução de Darwin trouxe informações importantes para a
sedimentação de um conhecimento científico baseado em dados experimentais e
amplamente comprovados. Todavia, a evolução das espécies está adstrita somente
aos corpos materiais sem qualquer menção ao espírito humano que, aliás, é o que
faz do homem um ser humano verdadeiro. Quando nos referimos ao ser humano
queremos dizer um ser constituído de corpo e espírito, portanto, quando se
trata da sua origem devemos levar em consideração esses dois fatos. Quanto ao
corpo físico o homem teve sua origem em um ancestral que pudesse transmitir aos
seus descendentes as características biológicas de que somos detentores em
nossa carga genética, considerando é claro as mutações genéticas impostas pelo
processo da evolução. Todavia não é esse o assunto que queremos abordar agora,
mas sim como e quando aconteceu a separação da espécie animal que se tornou o
ser humano da espécie animal que continuou a ser o que era antes, isto é, o
animal que tendo o mesmo ancestral do ser humano continuou a mesma linhagem
primitiva. Por exemplo, tomemos um antropoide primitivo cuja descendência
natural deu origem aos chipanzés que se assemelham em sua constituição genética
ao ser humano. A pergunta é a seguinte: em que momento houve a bifurcação entre
os chipanzés e os novos antropoides que evoluíram para os seres humanos
enquanto que os chipanzés continuam até hoje a mesma espécie? Há que se notar
que embora os chipanzés tenham uma carga genética semelhante ao do homem a sua
essência anímica, isto é a sua alma se assim podemos dizer é diferente da do
espírito humano. Isto é, os animais tem uma alma enteálica de espécie diferente
do espírito humano e na maioria dos casos os animais possuem uma alma coletiva
sem uma individualidade, como acontecem com os cardumes de peixes, as manadas
de gado, os bandos de pássaros, etc. Então, como de um mesmo tronco ancestral
pode se separar o ser primitivo que se transformaria em ser humano de seu irmão
que continuaria a ser a mesma espécie animal? Para explicar essa aparente
incongruência é necessário recorrer-se aos ensinamentos espirituais ministrados
por muitas religiões espiritualistas, embora com algumas divergências procuram
elucidar essa incógnita relativa à origem do homem. A explicação mais lógica
que encontrei para elucidar essa incógnita a encontrei no livro “NA LUZ DA
VERDADE” de Abdruschin, editada pela Ordem do Graal. Resumindo toda a história
podemos dizer que num determinado tempo da evolução de uma espécie antropoide que
atingira o máximo de amadurecimento como animal ao invés de receber normalmente
as almas enteálicas dos animais de sua espécie deu hospedagem aos novos
inquilinos na condição de germens espirituais que posteriormente se tornariam
os espíritos humanos. Para simplificar, podemos dizer que esses animais
ancestrais se comportaram como babás utilizadas temporariamente pela natureza
para dar origem a uma nova espécie animal hospedeiro do espírito humano. Assim
que essa nova prole atingisse um número suficiente para continuar a propagação
da sua própria espécie a participação das matrizes ancestrais não eram mais
necessárias e desaparecem em pouco tempo, pois já tinham cumprido a sua missão
como genitoras de uma nova espécie animal que é o ser humano atual. Quando
dizemos que o ser humano teve origem num antropoide há milhões de anos não
estamos errados se considerarmos somente os corpos físicos herdados porque o
espírito humano é completamente estranho aos seus genitores animais. Diríamos
em linguagem popular que os ancestrais dos seres humanos serviram de “barriga
de aluguel” para a própria natureza a fim de gerarem uma nova espécie.
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