A dor e o sofrimento
são dois estados de vivência íntima de natureza infeliz em que nos encontramos muitas
vezes frente às vicissitudes da vida que surgem independentes ou não de nossa
vontade. Para efeito apenas didático vamos considerar a dor como tudo o que nos
afeta desagradavelmente o corpo físico como dor de cabeça, dor de barriga, dor
de dente, etc. e sofrimento toda condição desagradável ou constrangedora que
nos afeta os sentimentos íntimos, isto é, o nosso espírito, como remorso,
raiva, ciúmes, decepção, angústia, solidão, saudades, etc. Tanto a dor como o
sofrimento têm suas causas em origens diferentes podendo elas ser de causas
atuais, isto é, aquelas geradas durante a atual existência ou causas pretéritas
geradas em outras encarnações. As causas atuais da dor e do sofrimento surgem
muitas vezes de nossas más escolhas, imprudências, abusos, imprevidências,
desobediências, descuidos ou mesmo da ignorância ou mesmo de acontecimentos fortuitos.
De forma que as causas atuais da dor e do sofrimento podem ser evitadas no que
dependem de nós mesmos de conformidade com a maneira em que nos comportamos
perante a vida. Por outro lado, a dor e o sofrimento cujas origens se remontam
ao nosso passado reencarnatório não dependem de nossa vontade pois que já foram
executadas em outro tempo mas que aguardam o ressarcimento de acordo com a lei
de causalidade que rege o destino humano, isto é, em virtude do livre-arbítrio
dos seres humanos podemos fazer livremente as nossas escolhas frente às
exigências da vida, todavia as consequências das escolhas são obrigatórias,
isto é, independentes de nossa vontade. É o que as filosofias espiritualistas
chamam de “Carma”. Por exemplo, as condições familiares em que deve nascer; a
situação de pobreza, miséria, deformações congênitas, doenças incuráveis,
fracasso perante as aspirações legítimas, infelicidade no relacionamento
familiar e social, etc. Todavia, não devemos entender o Carma como uma
fatalidade do destino, mas sim uma consequência de nossos próprios atos. Sendo
assim não existe nem castigo e nem injustiça pelas leis da vida estabelecidas
desde o princípio por Deus. O conhecimento das leis de Deus é a chave que abre
as portas da paz e da felicidade do ser humano aqui e no além.
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