O orgulho tem sido a maior pedra de
tropeço para o progresso espiritual do ser humano. É como se fosse uma muralha
construída sobre si mesmo isolando-o da brisa benfazeja do seu crescimento
moral e espiritual. O orgulho constrói uma falsa imagem da vida e de si mesmo.
O orgulho é o gerador de muitos outros defeitos do comportamento humano como a
vaidade; a inveja; o egoísmo; a prepotência; o exclusivismo e outras tantas
deformidades do caráter humano. A história tem demonstrado as obras do orgulho
humano com o seu ápice de glória passageira para cair em seguida nos destroços
do desmoronamento levado pelo tempo e pelo progresso. Iniciamos pela torre de
Babel edificada pelos Babilônios com o propósito de alcançar o Céu e assim
glorificar a orgulho desse povo, mas Deus confundiu os que a estavam
construindo, gerando a confusão e o desentendimento entre eles e o impedimento
dessa obra. Olhemos agora para as construções mais famosas da história humana
que são as pirâmides do Egito. O orgulho dos Faraós fez com que se julgassem
deuses aqui na Terra, superiores aos simples mortais, representados pelo povo,
que se subjugava ao seu cetro impiedoso e explorador. Construíram as pirâmides
suntuosas para que servissem de sua última morada aqui na Terra já que se
consideravam imortais. Essas magníficas construções, símbolo do orgulho de um povo
diferenciado, acabaram, como tudo o mais, sendo saqueadas, profanadas e
demolidas pelo tempo. O Colosso de Rodes, uma estátua de bronze de trinta
metros de altura situada no porto de Rodes na Grécia, considerado maravilha da
antiguidade, servia de portal de entrada aos navios que aportavam na ilha de Rodes. Hoje esse Colosso ficou apenas nos registros da história que muitos
poucos o conhecem. A Biblioteca de Alexandria uma obra grandiosa dos Egípcios
na dinastia do Faraó Ptolomeu e que continha todo o conhecimento humano até
aquela época. Foi incendiada, segundo alguns autores, pelo imperador romano Júlio Cezar no século
III antes de Cristo. Na atualidade temos
exemplos de grandes obras do orgulho humano que também viraram cinzas.
Como exemplo citamos o navio Titanic, o orgulho da engenharia Inglesa, que foi
afundado em sua primeira viagem; as torres Gêmeas dos Estados Unidos que se
transformaram em cinzas em poucas horas. Assim são as obras do orgulho humano
que duram por algum tempo e depois se desvanecem no tempo. Como as obras são
também as personalidades humanas que se exaltam por um pouco de tempo para
desaparecerem no esquecimento. A história é um registro indelével das
personalidades que alcançaram alguma glória temporária e logo desapareceram.
Comecemos por Dario, o grande, rei da Pérsia derrotado por Alexandre, rei da
Macedônia e que também foi destruído por seus próprios companheiros. Júlio
Cezar, o grande Imperador romano assassinado por Brutus, seu companheiro e filho de criação. Napoleão Bonaparte, o imperador da França e o
grande conquistador da idade contemporânea, exilado na ilha de Santa Helena
após a vergonhosa derrota para os Ingleses, onde morreu no ostracismo. Adolfo
Hitler o grande ditador da Alemanha, suicidou-se após a vergonhosa derrota da
II guerra mundial. Saddam Hussein , Rei do Iraque, derrotado e condenado à forca
após a guerra do Iraque. Seria exaustivo enumerar todos os homens considerados
grandes pela humanidade e dos quais restaram apenas o pó e os registros da
história. A intenção deste breve relato das obras e dos homens que se
projetaram em seu tempo é a de dizer que o orgulho humano é apenas uma miragem
que se desfaz frente o movimento da vida que arrasta consigo tudo o que é
temporário e serve apenas como aprendizado para os seres humanos com vista ao
seu progresso espiritual. O verdadeiro poder e a verdadeira glória pertencem
somente a Deus.
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