domingo, 24 de julho de 2016

PERCALÇOS DA VIDA


A caminhada do espírito humano pela estrada da vida durante a sua curta estada na Terra encontra neste percurso uma multiplicidade de situações que o incitam a tomar decisões e escolher o que lhe parece no momento a melhor opção ou, muitas vezes, jungido às forças que o impelem a caminhar mesmo contra a sua vontade na direção imposta. De qualquer forma, a direção e o sentido da caminhada estão estreitamente ligados ao passado, fruto de outras existências cuja sementeira se revelam nos frutos do presente. Na verdade, não existe uma fatalidade a conduzir o nosso destino, mas consequências de escolhas feitas e que se apresentam na forma de imposições exercidas pela lei de causalidade, isto é, temos o livre-arbítrio da escolha, mas atrelada às consequências que se desencadeiam automaticamente, isto é, a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória. Se semearmos trigo colheremos trigo ou se semearmos espinhos colheremos espinheiro. As leis apenas regem aquilo que surgiu de nossa escolha até produzirem os respectivos frutos. Disso decorre que nós somos os artífices do nosso destino e, portanto, não se pode falar em fatalidade, azar, injustiça ou acaso, pois todos os acontecimentos que norteiam a nossa vida foram criados por nós mesmos.

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