A caminhada do espírito humano pela estrada da vida durante a sua curta
estada na Terra encontra neste percurso uma multiplicidade de situações que o
incitam a tomar decisões e escolher o que lhe parece no momento a melhor opção
ou, muitas vezes, jungido às forças que o impelem a caminhar mesmo contra a sua
vontade na direção imposta. De qualquer forma, a direção e o sentido da
caminhada estão estreitamente ligados ao passado, fruto de outras existências
cuja sementeira se revelam nos frutos do presente. Na verdade, não existe uma
fatalidade a conduzir o nosso destino, mas consequências de escolhas feitas e
que se apresentam na forma de imposições exercidas pela lei de causalidade,
isto é, temos o livre-arbítrio da escolha, mas atrelada às consequências que se
desencadeiam automaticamente, isto é, a sementeira é livre, mas a colheita é
obrigatória. Se semearmos trigo colheremos trigo ou se semearmos espinhos colheremos
espinheiro. As leis apenas regem aquilo que surgiu de nossa escolha até
produzirem os respectivos frutos. Disso decorre que nós somos os artífices do
nosso destino e, portanto, não se pode falar em fatalidade, azar, injustiça ou
acaso, pois todos os acontecimentos que norteiam a nossa vida foram criados por
nós mesmos.
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