AO LONGO DA JORNADA DA EXISTÊNCIA HUMANA SE FAZ URGENTE UMA PARADA PARA AVALIAÇÃO DO CAMINHO PERCORRIDO E TRAÇAR UMA NOVA PROGRAMAÇÃO PARA CHEGAR AO SEU FINAL.
A existência humana se tornou um palco de competições onde os homens
procuram por todos os meios alcançar seus objetivos o mais rápido possível
indiferente aos meios que se utilizam para atingi-los. Na verdade, estamos
vivendo uma época do imediatismo ostensivo, numa luta acirrada para vencer a
competição que se tornou o objetivo maior por quase toda a humanidade. Não
estou me referindo aqui à luta pela subsistência e nem a de conquistar o
sucesso no âmbito de nossos interesses, mas sim, à corrida desenfreada e
irracional na busca exclusiva dos bens materiais em detrimento dos valores
morais. Na verdade as riquezas materiais por si mesmas não se constituem num
obstáculo ao aperfeiçoamento espiritual, pois são apenas os instrumentos do
progresso humano sem as quais voltaríamos à idade da pedra. O que está em contradição
ao bom-senso e ao equilíbrio social é o apego exagerado aos bens materiais em
detrimento de outras necessidades importantes para o espírito que se torna
desvalorizado, alijado à uma condição subalterna quando deveria ser o objetivo
principal do ser humano uma vez que ele é na essência um espírito e não um
corpo de carne e osso de existência temporária. No final dessa corrida
tresloucada quando chegar ao ponto final pela morte e adentrar o outro mundo
verá com horror e decepção o tempo que perdeu atrás de valores passageiros e
que ficaram retidos no mundo, pois que a ele pertencem. É urgente e imperioso
que os homens tomem ciência desta insofismável realidade e possam, ainda em tempo,
dar uma pausa a si mesmos e fazer uma avaliação do que tem conquistado até agora
e qual os valores adicionados ao seu patrimônio espiritual, para não acontecer
que em sua partida inevitável mesmo que reconheça a realidade não seja tarde
demais.
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