sexta-feira, 8 de julho de 2016

PAUSA PARA MEDITAÇÃO


                      AO LONGO DA JORNADA DA EXISTÊNCIA HUMANA SE FAZ URGENTE UMA PARADA PARA AVALIAÇÃO DO CAMINHO PERCORRIDO E TRAÇAR UMA NOVA PROGRAMAÇÃO  PARA CHEGAR AO SEU FINAL.


A existência humana se tornou um palco de competições onde os homens procuram por todos os meios alcançar seus objetivos o mais rápido possível indiferente aos meios que se utilizam para atingi-los. Na verdade, estamos vivendo uma época do imediatismo ostensivo, numa luta acirrada para vencer a competição que se tornou o objetivo maior por quase toda a humanidade. Não estou me referindo aqui à luta pela subsistência e nem a de conquistar o sucesso no âmbito de nossos interesses, mas sim, à corrida desenfreada e irracional na busca exclusiva dos bens materiais em detrimento dos valores morais. Na verdade as riquezas materiais por si mesmas não se constituem num obstáculo ao aperfeiçoamento espiritual, pois são apenas os instrumentos do progresso humano sem as quais voltaríamos à idade da pedra. O que está em contradição ao bom-senso e ao equilíbrio social é o apego exagerado aos bens materiais em detrimento de outras necessidades importantes para o espírito que se torna desvalorizado, alijado à uma condição subalterna quando deveria ser o objetivo principal do ser humano uma vez que ele é na essência um espírito e não um corpo de carne e osso de existência temporária. No final dessa corrida tresloucada quando chegar ao ponto final pela morte e adentrar o outro mundo verá com horror e decepção o tempo que perdeu atrás de valores passageiros e que ficaram retidos no mundo, pois que a ele pertencem. É urgente e imperioso que os homens tomem ciência desta insofismável realidade e possam, ainda em tempo, dar uma pausa a si mesmos e fazer uma avaliação do que tem conquistado até agora e qual os valores adicionados ao seu patrimônio espiritual, para não acontecer que em sua partida inevitável mesmo que reconheça a realidade não seja tarde demais.

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