O que vou
descrever aqui como o “ REINO DIVINO” foi baseado em informações de publicações
espiritualistas, principalmente nos livros “Na Luz da Verdade” de Abdruschin e do “ Apocalipse” de João Evangelista, além de mensagens de
natureza espiritual recebidas através de canais mediúnicos. De tudo o que pude
apreender fiz um resumo para simplificar a descrição como também acrescentei um
pouco da minha imaginação dentro de uma lógica inevitável.
Podemos imaginar
o aspecto Criador de Deus como uma fonte perene e eterna continuamente a emanar
as irradiações de luz, energia, força criadora e a própria semente da vida que
se disseminam pelo espaço infinito promovendo a criação de tudo o que existe em
todos os níveis de vida e de formas. Quando me refiro às emanações de energia e
de luz da fonte divina não devemos confundi-las com a energia e a luz de
natureza material que conhecemos, usamos os mesmos termos por não ter outros
meios de comparação. Mas temos que imaginar que a natureza dessas irradiações
seja de tal ordem que foge ao nosso conhecimento, mas que são reais e cujos
efeitos podemos constatar dentro da Criação. Não conhecemos a natureza da
causa, mas podemos sentir os seus efeitos. Essa irradiação de Deus não teria
sentido se se perdesse no espaço infinito sem nem um outro propósito o que na
verdade não acontece, pois que vivemos dentro de Sua Criação. Sendo assim, a
pergunta mais lógica a se fazer é a do ponto inicial em que surgiram as
primeiras criações a partir da irradiação divina. Antes de abordarmos esse
assunto se faz necessário alguns esclarecimentos quanto à força e intensidade
da irradiação em seu percurso rumo ao espaço infinito cada vez mais distante da
fonte original. A lógica nos diz que a medida que essa irradiação constituída
de luz, energia e sementes da vida se afasta da fonte que a impulsionou deve
sofrer mudanças em seu conteúdo pelas transformações provocadas pelo
resfriamento e compactação das energias proporcionalmente à distância da fonte
geradora. Citamos como exemplo o nosso sol que emite continuamente as
irradiações na forma de luz, calor e eletricidade e que na sua origem possui um
conteúdo energético milhões de vez maior do que as irradiações que chegam à
Terra. Então, voltando à irradiação Divina temos forçosamente que admitir que os
primeiros seres criados são aqueles que podem suportar uma maior pressão da
força divina sem perderem a individualidade e permanecerem conscientes nesta
proximidade. É também forçoso de se admitir que esses primeiros seres que
permanecem numa proximidade maior de Deus devam necessariamente ter uma
natureza semelhante à de Deus, isto é, o seu núcleo ou centelha que lhe confere
a vida é da mesma natureza divina, porque de outro modo não suportariam a pressão
da irradiação pela proximidade da fonte original. Essa região ou círculo que
delimita a presença dos primeiros seres criados nós chamamos de “REINO DIVINO”
porque tudo o que aí existe é de natureza divina. Muitas religiões têm se
referido ao Reino de Deus e também ao chamado Trono de Deus, mas na verdade
poucas informações possuem a respeito. Segundo o que pudemos apreender o Trono
de Deus antecede às outras criações divinas e é rodeado por quatro seres com
aspecto de animais, ou seja. O Leão, o Touro, a Águia e o Cordeiro, tendo este
último a aparência humana. Além desses seres do Trono existe uma infinidade de
outros seres, todos de natureza divina que habitam o Reino de Deus, como
exemplo: Serafins, Querubins, Arcanjos, Anjos, Anciões e outras potestades
divinas que desconhecemos. A pergunta lógica que se segue é qual o papel ou
função desses seres divinos dentro da Criação? É evidente que se eles foram
criados por Deus e se encontram em sua maior proximidade devem necessariamente
exercer uma função imensamente importante e que ainda não somos capacitados de
compreender. Todavia, podemos imaginar que esses seres divinos colaboram com
Deus na formação, manutenção e transformação da própria Criação como
co-criadores divinos. Além disso, embora seja apenas suposição, ainda com
alguma lógica, não temos realmente idéia do que existe realmente. Por outro
lado, podemos considerá-los como transformadores vivos da irradiação de Deus,
modificando a irradiação original em diversas outras irradiações que se distribuem
para toda a Criação, assim como, o prisma refrata os raios de luz em outros
raios de propriedades diferentes. O Reino de Deus tem também um limite imposto
pela natureza da própria irradiação, isto é, a medida que essa irradiação se
afasta da sua origem sofre modificações ocasionadas não somente pela distância
da fonte mas também pelo resfriamento em contado com o espaço infinito, acrescentado
pelas modificações impostas pelos próprios seres divinos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário