A Criação é
tudo o que existe e que não é da obra humana, isto é, o universo com todos os
astros, galáxias, constelações, além da vida que preenche a infinita imensidão.
Na verdade a Criação é obra de Deus, pois somente uma inteligência
infinitamente superior e que está além de nossa compreensão poderia criar esta
obra maravilhosa, perfeitíssima e de uma beleza incomparável. Se partirmos do
ponto inicial da Criação, apenas pela imaginação, teríamos que ter os primeiros
seres com inteligência e uma centelha de vida de natureza Divina uma vez que
estariam mais próximos da irradiação da fonte original e, portanto, deveriam
suportar a pressão da Luz Divina com maior intensidade. Temos que antecipar um
esclarecimento a fim de compreendermos a hierarquia da obra Divina, isto é, a
sucessão lógica da Criação a partir da proximidade da fonte criadora para o
espaço infinito, cada vez mais distante da sua origem. Assim temos os primeiro
seres de natureza divina próximos de Deus e a matéria grosseira compacta ( o
nosso mundo) nos dois extremos da Criação. Entre esses dois extremos existe uma
infinidade de seres criados de natureza diferente que preenche ordenadamente o
espaço infinito. Para tornar a explanarão mais didática vamos dividir a Criação
em planos ou círculos que se expandem a medida que se afastam do fonte original
que é a irradiação divina. Ao primeiro círculo chamaremos de “ Reino Divino”
por estar na proximidade de Deus e, portanto, a sua natureza só pode ser
divina, isto é, o núcleo ou centelha que vivifica esses seres é de natureza
divina. Muitas religiões já se referiram a este Reino como sendo o “Trono de
Deus” e aos seres desse Reino como: Arcanjos, Anciões, Querubins e outras
potestades celestiais. No livro do Apocalipse João se refere também aos quatro
animais sapientes que fazem parte do Trono de Deus. Devemos ressaltar que esta
descrição resumida do Reino de Deus é apenas um quadro esquemático e figurado
da realidade que desconhecemos. Seguindo adiante a irradiação divina
ultrapassamos o Reino Divino e adentramos um outro círculo de natureza
diferente da do primeiro por estar a irradiação original modificada em sua
freqüência vibratória como também em seu resfriamento. Ao segundo círculo
podemos chamar de “ Reino Espiritual Primordial” pois a centelha ou núcleo de
vida desses seres é de natureza espiritual diferente da centelha divina do
primeiro círculo. Nesse Reino estão os Espíritos Primordiais já criados
conscientes e perfeitos, dentro da perfeição a que podem atingir, mas diferente
da dos seres divinos. Esses espíritos
são os colaboradores de Deus na formação e manutenção de toda a Criação. Tudo o
que se refere à Criação passa primeiramente por eles que são os verdadeiros
construtores do Universo e guardiões de todas as humanidades. Prosseguindo com
a irradiação adentramos o terceiro ciclo chamado de “ Reino Espiritual”. Neste
círculo os espíritos que já foram criados conscientes estão mais próximos do segundo círculo, mas
conservam a natureza da sua centelha
distinta da dos Espíritos Primordiais, enfim, são seres de outra espécie em
virtude da modificação da irradiação divina que se tornou mais fria e
condensada. Dentro do terceiro ciclo estão também espíritos que se
desenvolveram neste Reino até a plenitude espiritual sem passarem pelos mundos
materiais e, finalmente os chamados “Germens Espirituais” que são os seres de
natureza espiritual, mas que pela força da irradiação divina não podem se
tornar conscientes neste círculo e, por isso, devem ser lançados nos mundos
materiais para aí poderem se desenvolver gradativamente até alcançar a
plenitude espiritual igual à daqueles espíritos que conseguiram se desenvolver
dentro do próprio círculo de origem. Continuando a seguir a irradiação em sua
maior expansão adentramos o quarto círculo da Criação, agora de natureza
diferente do Reino Espiritual e denominado de “Círculo Enteal”. Neste círculo
de forma semelhante ao círculo anterior temos os seres Enteais já desenvolvidos
e conscientes; os que se desenvolvem dentro do círculo e os que precisam dos
mundos materiais para se desenvolver. Os Enteais são uma classe de seres
destinados ao trabalho de manutenção, conservação, proteção e formação dos
mundos materiais de todo o universo. Diríamos que são os obreiros do universo.
Ao contrário dos espíritos desenvolvidos eles não possuem o Livre-Arbítrio, por
uma razão muito simples, pois devem seguir rigidamente a vontade de Deus em seu
trabalho dentro da Criação. Prosseguindo ainda a expansão da irradiação Divina
adentramos o último círculo da criação que é o círculo da matéria onde a
irradiação se condensa cada vez mais a medida que se expande até atingir a
máxima condensação que é a da matéria grosseira compacta a que pertence o nosso
mundo. Entre a primeira condensação da matéria até a última pelo resfriamento
gradativo da irradiação Divina, também conhecido aqui como Fluido Cósmico
Universal, existe uma infinidade de espécies de matéria desde a mais sutil e
diáfana até a mais grosseira e compacta. O mundo em que estamos vivendo como
encarnados é constituído de matéria grosseira com a máxima condensação possível
da irradiação Divina, a partir daqui a matéria torna-se radiativa voltando
novamente ao estado de energia. Voltando agora em sentido contrário ao da
condenação da matéria grosseira temos outras espécies de matéria até chegar à
matéria Astral que constitui o mundo dos espíritos. De maneira que tanto esse
mundo em que vivemos atualmente quanto a outros mundos, incluindo o mundo dos
espíritos, são formados de matéria, cada qual com à sua espécie, dependendo do
grau de resfriamento da irradiação original. Por essa razão é que se encontram
construções no mundo dos espíritos semelhantes ao nosso mundo, inclusive o
corpo dos espíritos é de natureza material. Sendo assim, podemos imaginar o
mundo dos espíritos muito semelhante ao nosso pois são constituídos de matéria
semelhante à nossa. Neste simples relato procuramos apenas dar uma visão bem
resumida e incompleta do que seja a Criação de Deus.
A CRIAÇÃO 2
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