sábado, 6 de junho de 2015

A CRIAÇÃO


A Criação é tudo o que existe e que não é da obra humana, isto é, o universo com todos os astros, galáxias, constelações, além da vida que preenche a infinita imensidão. Na verdade a Criação é obra de Deus, pois somente uma inteligência infinitamente superior e que está além de nossa compreensão poderia criar esta obra maravilhosa, perfeitíssima e de uma beleza incomparável. Se partirmos do ponto inicial da Criação, apenas pela imaginação, teríamos que ter os primeiros seres com inteligência e uma centelha de vida de natureza Divina uma vez que estariam mais próximos da irradiação da fonte original e, portanto, deveriam suportar a pressão da Luz Divina com maior intensidade. Temos que antecipar um esclarecimento a fim de compreendermos a hierarquia da obra Divina, isto é, a sucessão lógica da Criação a partir da proximidade da fonte criadora para o espaço infinito, cada vez mais distante da sua origem. Assim temos os primeiro seres de natureza divina próximos de Deus e a matéria grosseira compacta ( o nosso mundo) nos dois extremos da Criação. Entre esses dois extremos existe uma infinidade de seres criados de natureza diferente que preenche ordenadamente o espaço infinito. Para tornar a explanarão mais didática vamos dividir a Criação em planos ou círculos que se expandem a medida que se afastam do fonte original que é a irradiação divina. Ao primeiro círculo chamaremos de “ Reino Divino” por estar na proximidade de Deus e, portanto, a sua natureza só pode ser divina, isto é, o núcleo ou centelha que vivifica esses seres é de natureza divina. Muitas religiões já se referiram a este Reino como sendo o “Trono de Deus” e aos seres desse Reino como: Arcanjos, Anciões, Querubins e outras potestades celestiais. No livro do Apocalipse João se refere também aos quatro animais sapientes que fazem parte do Trono de Deus. Devemos ressaltar que esta descrição resumida do Reino de Deus é apenas um quadro esquemático e figurado da realidade que desconhecemos. Seguindo adiante a irradiação divina ultrapassamos o Reino Divino e adentramos um outro círculo de natureza diferente da do primeiro por estar a irradiação original modificada em sua freqüência vibratória como também em seu resfriamento. Ao segundo círculo podemos chamar de “ Reino Espiritual Primordial” pois a centelha ou núcleo de vida desses seres é de natureza espiritual diferente da centelha divina do primeiro círculo. Nesse Reino estão os Espíritos Primordiais já criados conscientes e perfeitos, dentro da perfeição a que podem atingir, mas diferente da  dos seres divinos. Esses espíritos são os colaboradores de Deus na formação e manutenção de toda a Criação. Tudo o que se refere à Criação passa primeiramente por eles que são os verdadeiros construtores do Universo e guardiões de todas as humanidades. Prosseguindo com a irradiação adentramos o terceiro ciclo chamado de “ Reino Espiritual”. Neste círculo os espíritos que já foram criados conscientes  estão mais próximos do segundo círculo, mas conservam a  natureza da sua centelha distinta da dos Espíritos Primordiais, enfim, são seres de outra espécie em virtude da modificação da irradiação divina que se tornou mais fria e condensada. Dentro do terceiro ciclo estão também espíritos que se desenvolveram neste Reino até a plenitude espiritual sem passarem pelos mundos materiais e, finalmente os chamados “Germens Espirituais” que são os seres de natureza espiritual, mas que pela força da irradiação divina não podem se tornar conscientes neste círculo e, por isso, devem ser lançados nos mundos materiais para aí poderem se desenvolver gradativamente até alcançar a plenitude espiritual igual à daqueles espíritos que conseguiram se desenvolver dentro do próprio círculo de origem. Continuando a seguir a irradiação em sua maior expansão adentramos o quarto círculo da Criação, agora de natureza diferente do Reino Espiritual e denominado de “Círculo Enteal”. Neste círculo de forma semelhante ao círculo anterior temos os seres Enteais já desenvolvidos e conscientes; os que se desenvolvem dentro do círculo e os que precisam dos mundos materiais para se desenvolver. Os Enteais são uma classe de seres destinados ao trabalho de manutenção, conservação, proteção e formação dos mundos materiais de todo o universo. Diríamos que são os obreiros do universo. Ao contrário dos espíritos desenvolvidos eles não possuem o Livre-Arbítrio, por uma razão muito simples, pois devem seguir rigidamente a vontade de Deus em seu trabalho dentro da Criação. Prosseguindo ainda a expansão da irradiação Divina adentramos o último círculo da criação que é o círculo da matéria onde a irradiação se condensa cada vez mais a medida que se expande até atingir a máxima condensação que é a da matéria grosseira compacta a que pertence o nosso mundo. Entre a primeira condensação da matéria até a última pelo resfriamento gradativo da irradiação Divina, também conhecido aqui como Fluido Cósmico Universal, existe uma infinidade de espécies de matéria desde a mais sutil e diáfana até a mais grosseira e compacta. O mundo em que estamos vivendo como encarnados é constituído de matéria grosseira com a máxima condensação possível da irradiação Divina, a partir daqui a matéria torna-se radiativa voltando novamente ao estado de energia. Voltando agora em sentido contrário ao da condenação da matéria grosseira temos outras espécies de matéria até chegar à matéria Astral que constitui o mundo dos espíritos. De maneira que tanto esse mundo em que vivemos atualmente quanto a outros mundos, incluindo o mundo dos espíritos, são formados de matéria, cada qual com à sua espécie, dependendo do grau de resfriamento da irradiação original. Por essa razão é que se encontram construções no mundo dos espíritos semelhantes ao nosso mundo, inclusive o corpo dos espíritos é de natureza material. Sendo assim, podemos imaginar o mundo dos espíritos muito semelhante ao nosso pois são constituídos de matéria semelhante à nossa. Neste simples relato procuramos apenas dar uma visão bem resumida e incompleta do que seja a Criação de Deus.

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