Um dos argumentos mais
comuns contrário a existência da reencarnação é justamente o esquecimento da vida pretérita, como se isso pudesse justificar essa
posição. Ora, justamente o esquecimento do passado é que justifica a lógica da
reencarnação. Se não vejamos: Com o nascimento o espírito reencarnante irá
utilizar um novo corpo para iniciar outra jornada terrena com vistas ao seu
aprimoramento moral e intelectual. Desta forma, necessita de um cérebro novo, intacto para o seu
aprendizado de forma a incorporar novos conhecimentos oferecidos por outra
existência em novas condições e com oportunidades de progresso como também de
corrigir erros pretéritos. Ora, como um cérebro novo pode administrar inúmeras experiências
e acervos de informações acumulados no passado se ele mesmo não participou
dessas vivências? Por outro lado, o esquecimento do passado traduz a
misericórdia Divina, pois facilita o reencontro de adversários do passado na
mesma família para o ressarcimento dos erros e reajuste dos espíritos
comprometidos. Como poderia haver uma reconciliação entre os inimigos do
passado se houvesse a lembrança dos acontecimentos infelizes que se abateram
sobre eles? De forma que o esquecimento do passado é uma condição imprescindível
ao progresso e ao reajuste do espírito como também uma Graça da misericórdia
Divina.
A LÓGICA DA REENCARNAÇÃO
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