terça-feira, 19 de abril de 2016

CULTO AO BEZERRO DE OURO


O culto ao Bezerro de Ouro teve sua origem na mitologia Egípcia representada pelo Boi Ápis, um deus que simbolizava a força e a fertilidade. Como os Judeus foram escravos no Egito durante 400 anos incorporaram de certa forma alguns  costumes dos Egípcios, embora mantivessem a crença no Deus único. Quando pela peregrinação de 40 anos pelo deserto após a sua saída do Egito, conduzidos por Moisés, os judeus se encontravam desanimados e decepcionados com o seu líder Moisés por não encontrarem a terra prometida e por todas as necessidades e vicissitudes que passaram sem que tivessem alguma comprovação do Deus que lhe prometera a terra dadivosa que esperavam. Num determinado trecho do percurso, quando passavam pelo monte Sinai, Moisés teve outra revelação que o ordenava a subir o monte e aguardar a palavra de Deus. Enquanto Moisés aguardava a revelação dos dez mandamentos no cimo da montanha, em baixo onde ficara a multidão, fomentava uma insatisfação pela demora do seu líder em voltar com alguma mensagem a eles como também pela monotonia da longa espera. Por essa razão surgiram alguns judeus insatisfeitos insuflando a ideia de fazerem uma festa  em adoração ao Bezerro de ouro como tinham visto no Egito. E assim se sucedeu e construíram um Bezerro de ouro e o adoravam no meio de festas e bebedeiras que no final descambou-se para a degradação, quando Moisés desceu do monte com as duas tábuas da Lei com os dez mandamentos. E qual não foi a sua decepção ao encontrar o seu povo em plena idolatria em adoração ao Bezerro de ouro dos pagãos. Transportando para a época atual o culto ao Bezerro de ouro podemos descortinar que em essência nada mudou, pelo contrario, o culto se alastrou por toda a humanidade, embora com aparências diferentes, mas o mesmo sentido, isto é, a adoração do ouro em si mesmo representando não somente o metal amarelo, mas as riquezas materiais endeusadas pelos homens. Os homens em sua maioria se tornaram atualmente em adoradores incondicionais do Bezerro de ouro esquecendo-se da sua origem e do propósito maior da sua existência que é o aperfeiçoamento do seu espírito e a transitoriedade dos bens terrenos açambarcados irrevogavelmente pela morte.

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