Os
caminhos seguidos pela humanidade são sinuosos e acidentados, ora adiantando-se na conquista do progresso, ora
estacionado-se em patamares retrógrados, em conseqüência de suas próprias
escolhas. O homem possui o patrimônio do livre-arbítrio, isto é, a liberdade de
escolha que lhe concede a autonomia de traçar o seu próprio destino. Todavia, a
cada escolha corresponde uma conseqüência em decorrência da inevitável
responsabilidade. Assim se forma o destino humano, muitas vezes de progresso e
outras vezes de parada ou mesmo retrocesso em sua jornada evolutiva. Se
fizermos uma avaliação do progresso da humanidade nos dias atuais encontraremos
dois aspectos distintos: no que se refere ao progresso intelectual e material
podemos dizer que se conseguiu grandes conquistas tanto na ciência quanto na
tecnologia, porém, no que diz respeito às qualidades morais os valores
conquistados ficaram bem aquém do que era de se esperar tendo em vista o seu
progresso material. Dessa discrepância
entre o progresso intelectual e os valores morais resultou numa inversão de
valores que está conduzindo a humanidade para uma decadência social por falta
de sustentação de uma convivência justa e equilibrada. É como viajar em mar
aberto num barco de grande potência, mas com leme defeituoso e, portanto,
sujeito ao naufrágio. É justamente isso que estamos vivenciando na atualidade,
com grande risco de naufrágio no mar turbulento das paixões humanas.
TEMPOS DIFÍCEIS
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