Para
entendermos o que significa a segunda morte é necessário conhecermos os
envoltórios ou corpos do Espírito ou Centelha Espiritual. O que conhecemos hoje
como Espíritos humanos, que somos nós mesmos, não tiveram a sua origem neste
estágio evolutivo, mas, sim, como centelhas ou sementes espirituais
provenientes de mundos espirituais elevadíssimos a que chamamos Paraíso ou
Reino do Céu. A medida que as centelhas se disseminaram pelos mundos materiais
foram adquirindo envoltórios de acordo com o plano material em que estagiaram
até atingir a meta final do seu destino na matéria de maior condensação que é a
matéria grosseira, por nós conhecida como planeta Terra. Isto no que se refere
ao destino dos Espíritos humanos. Agora vamos analisar o processo inverso, isto
é, a perda dos envoltórios materiais pelo processo a que denominamos de - morte. Segundo as filosofias orientais o
Espírito possui sete corpos ou envoltórios matérias. A cada estágio da sua
evolução ele perde um determinado envoltório pertinente ao mundo em que
estagia. Começando pelo mundo de matéria grosseira, que é na Terra. o nosso
mundo atual, como espíritos encarnados, o primeiro envoltório a perder é o
nosso corpo de carne e osso, que conhecemos como morte. Até aí ninguém tem
dúvidas. Quando adentramos o mundo dos Espíritos trajamos outro envoltório
denominado de Corpo Astral, Psicossoma, Perispírito, etc. que são denominações
para o corpo espiritual. Neste mundo, também material, conhecido como matéria
fina ou astral, vivem os Espíritos dentro de uma condição de vida muito
semelhante à nossa, isto é, vivem em sociedades urbanas ou não, como
metrópoles, cidades, colônias, vilas, etc., com semelhantes ocupações,
administrações, trabalho e tudo o mais que temos aqui na Terra. No que se
refere ao adiantamento espiritual, também aí é possível e em melhores condições
do que na Terra. Assim que um Espírito alcance uma determinada graduação
evolutiva dentro do âmbito permitido pelo planeta Terra, ele adquire mérito
para prosseguir sua escalada evolutiva em planetas de maior evolução, dando,
assim, prosseguimento na sua jornada evolutiva rumo à plenitude espiritual.
Como os planetas de maior evolução são constituídos de matéria mais sutil, os
Espíritos que aí vivem trajam envoltórios de outra espécie de matéria mais
aperfeiçoada e, portanto, diferente daqui da Terra. Para que haja uma
transferência de um Espírito Terreno para um mundo mais avançado é necessário
que ele perca o seu envoltório terreno para trajar outro envoltório pertinente
ao referido planeta. A esse processo de desprendimento do corpo astral é que
chamamos de - segunda morte. Contudo,
nos planetas inferiores como a Terra podemos ter também a segunda morte por um
processo inverso ao da evolução que é a degradação do corpo espiritual por
retrocesso espiritual. Assim, Espíritos que se comprazem no mal em longos
períodos de rebeldia e desobediência às Leis de Deus, acabam por adensarem
tanto o seu corpo espiritual até o limite de sua degradação irreversível, donde
resulta a perda não só de seu corpo astral como também dos outros corpos
restantes. Neste caso extremo de morte dos envoltórios espirituais restará
apenas a Centelha Espiritual que regressa à sua origem no mesmo estado em que
saiu, isto é, o Espírito como tal deixa de existir conscientemente e deve recomeçar
uma nova jornada evolutiva como no princípio. Resumindo num quadro figurado o
que foi dito sobre a - segunda morte -
podemos comparar a trajetória evolutiva de um Espírito ao lançamento de um
foguete espacial com sete estágios. Em cada etapa do percurso o foguete lança
um estágio até atingir a meta programada. Assim também é para o Espírito em sua
jornada às estrelas, em cada estação do percurso ele solta um envoltório até
atingir a meta final que é a sua plenitude espiritual. (Clique nas
imagens para aumentar o seu tamanho)
TRECHO DA PALESTRA - SEGUNDA MORTE - POR CARLOS A. BACCELLI
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