Receptores De
N-Metil-D-Aspartato (Complexo Receptor de NMDA-Ionóforo;
Receptores NMDA)
Classe de receptores ionotrópicos do glutamato
caracterizados pela afinidade pelo N-metil-D-aspartato. Os receptores NMDA
possuem um sítio alostérico de ligação para a glicína que deve ser ocupado para a abertura eficiente do canal e
um sítio dentro do próprio canal ao qual se liga o íon magnésio de maneira
dependente de voltagem. A dependência de voltagem positiva da condutância do
canal e a alta permeabilidade de
condutância ao íons cálcio (bem como para cátions não covalentes) são
importantes na excitotoxicidade e plasticidade
neuronal.
Os
neurotransmissores, substâncias responsáveis pela transmissão do impulso
nervoso pelos neurônios, dividem-se basicamente em duas classes:
Neurotransmissores excitatórios e neurotransmissores inibitórios. No caso
particular da condição de excitotoxicidade, isto é, um estado excessivo de
estímulo neuronal, os neurotransmissores envolvidos nas sinapses passam a ter
um efeito tóxico sobre os neurônios comprometidos quando em concentrações
elevadas que superam o seu controle pelos neurônios e pelas células gliais, particularmente
os astrócitos. Neste caso em particular, vamos considerar a excitotoxicidade do
glutamato, por ser a mais comum e ter conseqüências desastrosas para os
neurônios, com a possível morte celular. O glutamato é um importante
neurotransmissor, pois está envolvido não somente em promover a velocidade do
impulso nervoso como a de controlar a entrada de cátions para a célula,
particularmente o cálcio e de manter a plasticidade do neurônio entre outras
funções importantes da fisiologia cerebral. Durante a liberação das moléculas
de glutamato pelas vesículas pré-sinápticas, promovida pelo impulso nervoso,
essas moléculas atuam rapidamente sobre os recptores pós-sinápticos dando
seqüência ao impulso nervoso e sendo também rapidamente reabsorvidos pelos
astrócitos e pelos neurônios pré-sinápticos a fim regularizarem a concentração
dessas moléculas na sinapse como também a de reabastecer do estoque do
glutamato pelas vesículas da pré-sinapse. Com relação à ação tóxica do flúor
sobre os neurônios podemos considerar duas situações: A primeira a ação do íon
fluoreto agindo sobre algumas enzimas neuronais e, particularmente sobre a
ativação da adenilciclase via G-proteina dos receptores neuronais. A segunda,
mais eficiente, é a inibição da síntese de ATP pela ATP sintase mitocondrial
pelo – fluoroaluminato. O fluoreto atua também na membrana neuronal aumentando
o influxo de cálcio para o citosol celular. A somatória final da ação do
fluoreto sobre os neurônios resulta num desequilíbrio do metabolismo celular
com produção de radicais livres, espécies de oxigênio reativas (ROS) e
liberação do glutamato em concentração tóxica para a célula. (Clique na
imagem para aumentar o seu tamanho).
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