domingo, 19 de fevereiro de 2017

BIOQUÍMICA. 7 - MITOCÔNDRIA (CADEIA RESPIRATÓRIA)

CADEIA RESPIRATÓRIA


                                                                  ATPSINTASE

A cadeia respiratória compreende uma série de proteínas altamente especializadas em transporte de elétrons e síntese de ATP localizadas na membrana interna da mitocôndria na região correspondente às cristas mitocondriais. As proteínas responsáveis pelo transporte de elétrons têm a propriedade de transformar a energia dos elétrons recebidos das coenzimas reduzidas para o transporte de íons hidrogênio no sentido do espaço Inter-membrana, criando assim um gradiente de concentração entre os dois compartimentos, isto é, espaço inter-membrana mais concentrado do que a matriz mitocondrial. Existe uma diferença de energia entre NADH e FADH2 no que diz respeito ao transporte de elétrons. A coenzima NADH entrega seu par de elétrons para o complexo I da cadeia respiratória, que por sua vez fornece energia para transportar 4 íons hidrogênio para o meio inter-membrana. No caso do FADH2 o par de elétrons gera apenas 2 íons hidrogênio. A última proteína da cadeia respiratória é a citocromo oxidase que transfere o par de elétrons para o aceptor final que é o oxigênio formando uma molécula de água. Até esse ponto da cadeia respiratória realizou-se apenas o transporte de elétrons sem a síntese de ATP. Um complexo de proteínas localizado depois da cadeia transportadora de elétrons denominado de ATPsintase é o responsável pela síntese de ATP a partir do ADP e do Pi (fosfato inorgânico). ATPsintase funciona como um gerador de energia química transformando a energia mecânica em síntese de ATP. A força motriz que impulsiona o motor da ATPsintase (F0) é a diferença de gradiente entre os compartimentos do espaço inter-membrana e a matriz mitocondrial com relação à concentração dos íons hidrogênio. Para cada 4 ions hidrogênio forma-se uma molécula de ATP na unidade F1. Devemos esclarecer que desses 4 íons hidrogênio 3 passam pelo motor F0 e o outro pelo carreador do Pi. Concluindo podemos dizer que para cada molécula de glicose oxidada (2 piruvatos) obtemos aproximadamente 30 moléculas de ATP pela cadeia respiratória.


        


         

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