domingo, 19 de fevereiro de 2017

BIOQUÍMICA. 6 - MITOCÔNDRIA (CICLO DE KREBS)

MITOCÔNDRIA


CICLO DE KREBS


                                                                    SIR HANS KREBS


A mitocôndria é a usina química da célula, isto é, quase  toda a produção da energia consumida pela célula é gerada na mitocôndria na forma de composto altamente energético conhecido como ATP (adenosina trifosfato). A mitocôndria é uma organela celular de forma aproximadamente cilíndrica com uma estrutura sui generis adaptada para a produção de energia. Possui duas membranas denominadas de membrana externa e membrana interna. A primeira membrana praticamente serve como uma estrutura comum com poros para facilitar a entrada de substratos para o interior da mitocôndria e possui pouca especificidade. A segunda membrana possui uma estrutura toda especial tanto em sua forma quanto em sua função e possui maior especificidade para os substratos. A membrana interna se dispõe na forma enrugada invaginando-se para dentro da organela conhecida como cristas mitocondriais. Essa disposição particular da membrana interna aumenta muitas vezes a sua superfície útil permitindo maior utilização do espaço mitocondrial onde se localizam as proteínas da cadeia respiratória (cadeia transportadora de elétrons) responsáveis pela síntese de ATP. O espaço compreendido pela membrana interna é denominado de matriz mitocondrial onde se localizam as enzimas do ciclo de Krebs. O ciclo de Krebs constitui-se de uma série de reações enzimáticas em cadeia completando um ciclo entre a primeira  e a última reação. Este ciclo de reações enzimáticas constitui o mais importante processo de oxidação de substratos para produção de energia e síntese de muitos compostos. Na verdade o ciclo de Krebs representa o centro convergente do metabolismo celular no que diz respeito à oxidação de substratos. O ciclo de Krebs inicia-se com a entrada da AcetilcoenzimaA na matriz mitocondrial para se unir ao oxaloacetato e iniciar a cadeia cíclica das reações de oxidação do piruvato proveniente da oxidação da glicose. No que diz respeito à produção energética o ciclo de Krebs produz apenas um ATP por molécula de piruvato, mas, por outro lado, consegue oxidar completamente o piruvato produzindo coenzimas altamente energéticas que serão oxidadas na cadeia respiratória produzindo aproximadamente 95% do ATP da célula. Para cada volta do ciclo temos a formação de 3 NADH e 2 FADH2, somando-se à mais uma molécula de NADH proveniente da descarboxilação do piruvato pela CoA. Ao todo, cada rotação do ciclo de Krebs produz 4 NADH, 2 FADH2 e 1 ATP, para cada molécula de piruvato proveniente da oxidação da glicose. Como a oxidação completa da glicose produz 2 piruvatos então temos um total de 8 NADH, 4 FADH2 e 2 ATP gerados no ciclo de Krebs.






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