MITOCÔNDRIA
CICLO DE KREBS
SIR HANS KREBS
A mitocôndria é a usina
química da célula, isto é, quase toda a
produção da energia consumida pela célula é gerada na mitocôndria na forma de
composto altamente energético conhecido como ATP (adenosina trifosfato). A
mitocôndria é uma organela celular de forma aproximadamente cilíndrica com uma
estrutura sui generis adaptada para a produção de energia. Possui duas
membranas denominadas de membrana externa e membrana interna. A primeira
membrana praticamente serve como uma estrutura comum com poros para facilitar a
entrada de substratos para o interior da mitocôndria e possui pouca
especificidade. A segunda membrana possui uma estrutura toda especial tanto em
sua forma quanto em sua função e possui maior especificidade para os
substratos. A membrana interna se dispõe na forma enrugada invaginando-se para
dentro da organela conhecida como cristas mitocondriais. Essa disposição
particular da membrana interna aumenta muitas vezes a sua superfície útil
permitindo maior utilização do espaço mitocondrial onde se localizam as
proteínas da cadeia respiratória (cadeia transportadora de elétrons)
responsáveis pela síntese de ATP. O espaço compreendido pela membrana interna é
denominado de matriz mitocondrial onde se localizam as enzimas do ciclo de
Krebs. O ciclo de Krebs constitui-se de uma série de reações enzimáticas em cadeia
completando um ciclo entre a primeira e
a última reação. Este ciclo de reações enzimáticas constitui o mais importante
processo de oxidação de substratos para produção de energia e síntese de muitos
compostos. Na verdade o ciclo de Krebs representa o centro convergente do
metabolismo celular no que diz respeito à oxidação de substratos. O ciclo de
Krebs inicia-se com a entrada da AcetilcoenzimaA na matriz mitocondrial para se
unir ao oxaloacetato e iniciar a cadeia cíclica das reações de oxidação do
piruvato proveniente da oxidação da glicose. No que diz respeito à produção
energética o ciclo de Krebs produz apenas um ATP por molécula de piruvato, mas,
por outro lado, consegue oxidar completamente o piruvato produzindo coenzimas
altamente energéticas que serão oxidadas na cadeia respiratória produzindo
aproximadamente 95% do ATP da célula. Para cada volta do ciclo temos a formação
de 3 NADH e 2 FADH2, somando-se à mais uma molécula de NADH proveniente da
descarboxilação do piruvato pela CoA. Ao todo, cada rotação do ciclo de Krebs
produz 4 NADH, 2 FADH2 e 1 ATP, para cada molécula de piruvato proveniente da
oxidação da glicose. Como a oxidação completa da glicose produz 2 piruvatos então
temos um total de 8 NADH, 4 FADH2 e 2 ATP gerados no ciclo de Krebs.
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