Desde que o homem civilizado assenhorou-se deste planeta houve uma
separação distinta entre duas classes: a que comanda e a que é comandada, isto
é, a divisão do poder se distribuiu de forma desigual, sempre favorecendo uma
minoria em detrimento do resto do povo. O poder foi sempre o alvo principal da
classe favorecida conquistado por todos os meios possíveis desde por herança
dos ancestrais até os meios mais diversos incluindo o engodo dos mais espertos,
a força bruta pelos mais fortes, por uma liberdade relativa de escolha sempre
vinculada aos mais abastados, enfim para se alcançar o poder ainda se pauteia
na filosofia de Maquiavel de que os fins justificam os meios. De forma que o
povo serviu sempre como massa de manobra pelos poderosos para se manter com o cetro
de comando, considerando-se como uma classe privilegiada. Ao povo resta o
trabalho escorchante de sustentar uma elite que muitas vezes estão moralmente abaixo
daqueles que exploram e desprezam. Sustentado por esse princípio tem a
humanidade caminhado nas trilhas da existência como um trem que percorre o seu
destino levando passageiros separados entre si nas diversas acomodações; uns poucos,
acomodados no luxo e no desperdício e a maioria apinhada em acomodações de
classes inferiores ao seu próprio custo. Acontece que quando se delineia alguma
tragédia nesse percurso, os que que estão em posição privilegiada se unem para
se protegem da melhor forma possível considerando os recursos de que dispõe e do
conhecimento adstrito a uma classe seletiva que lhe confere melhores chances de
vencerem as ameaças e empecilhos do trajeto, deixando o restante de outras
classe à sua própria sorte. È justamente isso que está acontecendo na atualidade
em virtude da aproximação de um planeta intruso ao nosso sistema solar como
graves perspectivas de grandes transtornos de ordem física, climática e
particularmente uma possível devastação em massa da população terrena. Frente à
essa hecatombe os poderosos, denominados de elite da sociedade se preparam com
antecedência no sentido de se resguardarem das tormentas que varrerão a nossa
casa planetária, abrigando-se com segurança e conforto em abrigos subterrâneos construídos
às expensas do próprio povo que ficará ao Deus dará. Todavia se essa elite por
um lado consegue proteger os seus corpos materiais da tormenta inevitável, não
conseguirão salvar o seu espírito após a morte inevitável prevista para
qualquer dia mesmo que não seja pela convulsão das tormentas. A morte é um fenômeno
natural e inevitável comum a todos os seres vivos, então o que distingue uma
morte das outras é o seu tempo de vigência. Portanto, o principal para o ser
humano não é adiar o dia da morte, mas sim morrer com a consciência tranquila
de ter cumprido as leis de Deus.
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