O culto ao Bezerro de
Ouro teve sua origem na mitologia Egípcia representada pelo Boi Ápis, um deus
que simbolizava a força e a fertilidade. Como os Judeus foram escravos no Egito
durante 400 anos incorporaram de certa forma alguns costumes dos Egípcios, embora mantivessem a
crença no Deus único. Quando pela peregrinação de 40 anos pelo deserto após a
sua saída do Egito, conduzidos por Moisés, os judeus se encontravam desanimados
e decepcionados com o seu líder Moisés por não encontrarem a terra prometida e
por todas as necessidades e vicissitudes que passaram sem que tivessem alguma
comprovação do Deus que lhe prometera a terra dadivosa que esperavam. Num
determinado trecho do percurso, quando passavam pelo monte Sinai, Moisés teve
outra revelação que o ordenava a subir o monte e aguardar a palavra de Deus.
Enquanto Moisés aguardava a revelação dos dez mandamentos no cimo da montanha,
em baixo onde ficara a multidão, fomentava uma insatisfação pela demora do seu líder
em voltar com alguma mensagem a eles como também pela monotonia da longa
espera. Por essa razão surgiram alguns judeus insatisfeitos insuflando a ideia de
fazerem uma festa em adoração ao Bezerro
de ouro como tinham visto no Egito. E assim se sucedeu e construíram um Bezerro
de ouro e o adoravam no meio de festas e bebedeiras que no final descambou-se
para a degradação, quando Moisés desceu do monte com as duas tábuas da Lei com
os dez mandamentos. E qual não foi a sua decepção ao encontrar o seu povo em
plena idolatria em adoração ao Bezerro de ouro dos pagãos. Transportando para a
época atual o culto ao Bezerro de ouro podemos descortinar que em essência nada
mudou, pelo contrario, o culto se alastrou por toda a humanidade, embora com
aparências diferentes, mas o mesmo sentido, isto é, a adoração do ouro em si
mesmo representando não somente o metal amarelo, mas as riquezas materiais endeusadas
pelos homens. Os homens em sua maioria se tornaram atualmente em adoradores
incondicionais do Bezerro de ouro esquecendo-se da sua origem e do propósito
maior da sua existência que é o aperfeiçoamento do seu espírito e a
transitoriedade dos bens terrenos açambarcados irrevogavelmente pela morte.
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