sábado, 2 de abril de 2016

AUSÊNCIA DE DEUS


          O espírito humano que peregrina por este planeta não se encontra aqui por acaso ou um mero produto das leis naturais da vida, mas ao contrário, possui um propósito bem definido, qual seja o de sua própria evolução, traduzida no aperfeiçoamento de suas qualidades morais e intelectuais. A existência terrena significa apenas um lapso de tempo frente a eternidade do espírito, mas é de suma importância para o seu aprendizado. Somente em contato com a matéria pode o espírito através dos estímulos inerentes ao mundo físico despertar as qualidades latentes do seu patrimônio de origem e desenvolvê-los até a sua plenitude, isto é, até atingir o máximo desenvolvimento de suas qualidades. Por essa razão, o ser humano ainda em estágio neste planeta deve aproveitar o máximo das oportunidades que se lhe deparam a fim de prosseguir no seu crescimento espiritual, considerando que a passagem por este mundo é transitória e de pouca duração, pois a verdadeira vida é a espiritual que é eterna. Sendo assim, é de capital importância definir quais são os bens verdadeiros que poderemos leva-los conosco para o além-túmulo e quais os bens transitórios que deverão permanecer neste mundo. Na verdade, os seres humanos precisam de bens materiais para a sua sobrevivência e progresso, mas sabendo de antemão que tudo o que pertence à matéria ficará retido neste mundo após a morte física. Sendo assim, é vital a nossa escolha quanto aos bens que desejamos a fim de que não percamos a existência terrena em busca de valores que não nos servirão no mundo espiritual. Todavia, o que acontece atualmente é justamente o contrário, isto é, os homens se empenham febrilmente na aquisição de bens puramente materiais se esquecendo de que esses bens não lhe pertencem em definitivo uma vez que deve deixa-los pela morte. Essa obsessão pelos bens materiais e pelo poder mundano desviou a maior parte da humanidade de seu verdadeiro destino que é a sua perfeição espiritual e se chafurdou na lama das paixões inferiores que a levará para a sua própria derrocada e porque não a sua destruição. O homem atual esqueceu-se de sua origem e de seu destino e caminha como um sonâmbulo comandado pelos apelos do mundo sem qualquer ideal ou propósito elevado que possa justificar a sua existência. Na verdade, os homens se afastaram de Deus que é o seu Criador e que traçou uma meta para a sua existência como herdeiro do Seu Reino e ao invés de seguir o seu destino verdadeiro se perdeu no emaranhado de suas paixões inferiores e agora se comporta como um proscrito nos ditames da vida.



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