A Criação,
que é obra de Deus, abrange tudo o que existe desde os universos materiais até
os mais diversos seres vivos em todos os níveis de graduação evolutiva e de
hierarquia espiritual. Assim como a matéria se apresenta em múltiplas
diversidades dependendo do seu estado de condensação a partir do Fluido Cósmico
Universal ou matéria prima original, também os seres vivos se apresentam em
múltiplas diversidades dependendo da sua proximidade da fonte primordial que é
Deus. Quando, pela vontade Divina, expandiu-se a irradiação viva para fora de
si mesmo e que deu origem a Criação, os seres vivos foram se formando a medida
do resfriamento dessa irradiação e, assim, gradativamente, originou-se em
primeiro lugar os seres mais próximos da fonte original por terem a mesma
natureza Divina e por essa razão capazes de suportar a maior pressão dessa
irradiação. A medida que a irradiação se expandiu foram se formando outros
seres pela maior condensação e resfriamento dessa irradiação até o limite em
que apareceram os últimos seres vivos que são os Enteais. Após o limite do
círculo enteal a irradiação Divina pela sua maior condensação deu origem aos
fluidos primordiais formadores da
matéria. Feita esta breve exposição, vamos voltar ao início da Criação quando
se formaram os seres Divinos que pela proximidade da origem apresentam a mesma
essência Divina. Isto significa que esses primeiros seres criados possuem o seu
núcleo vivo, isto é, a sua centelha viva, da mesma natureza da de Deus, mas não
são iguais a Deus, pois são Criaturas de Deus. Por exemplo: uma faísca que se
desprende duma fogueira tem a mesma natureza da fogueira, mas não é a própria
fogueira. De forma semelhante são formados os espíritos humanos, apenas a sua
essência é diferente da essência dos seres Divinos por ter se formado de uma
condensação da irradiação Divina muito mais distante da fonte original e,
portanto, de espécie diferente das primeiras criações ainda próximas de Deus.
Por essa razão podemos dizer que Jesus é Divino, mas não é Deus. Então, podemos
chamar de Reino Divino a uma região de existência real que parte de uma
proximidade relativa de Deus e se estende até um limite bem definido quando,
então, se inicia a formação dos seres de natureza espiritual pelo maior
esfriamento e condensação da irradiação viva de Deus. Concluindo podemos dizer
que o espírito humano tem uma centelha de natureza espiritual e Jesus Cristo
uma centelha de natureza Divina, portanto diferentes entre si. Isto quer dizer
que os espíritos humanos nunca chegarão a ser Divinos por maior que seja a perfeição alcançada, pois não se pode mudar a
natureza de sua essência, serão apenas espíritos perfeitos dentro da sua
hierarquia espiritual.
Quem quiser se aprofundar mais no
assunto deve ler o livro “Na Luz da Verdade” de ABDRUSCHIN.
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