sábado, 29 de agosto de 2015

QUE INDEPENDÊNCIA?


Aprendemos desde os bancos escolares que o Brasil tornou-se independente pela atitude heroica de Dom Pedro I quando às margens do Rio Ipiranga pronunciou a histórica decisão de romper com o colonialismo de Portugal. Desde então, nos consideramos uma nação independente, embora, ainda engatinhando para a sua libertação definitiva. O tempo passou e muitos acontecimentos de ordem política e social impuseram ao nosso herói a sua própria renúncia. Com o seu sucessor, o filho Dom Pedro II, o Brasil alcançou um pouco mais de estabilidade política, cultural e econômica, mas, mesmo assim continuaram os problemas de ordem política e de relacionamento com os países vizinhos, particularmente o Paraguai, desencadeando-se numa guerra entre os dois países com conseqüente desgaste do Imperador Dom Pedro II. De dificuldade em dificuldade o Brasil imperial chega a um ponto insolúvel em sua política o que ensejou a proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca em novembro 1889 e o exílio de Dom Pedro II. Como uma nação republicana o Brasil, pela sua imaturidade como nação recente enfrentou, como não poderia deixar de ser, as incertezas e inexperiências de nossos governantes  agravadas sempre pela situação econômica e política. De tropeço em tropeço chegamos capengando à atualidade em que vivemos. Todavia, se esperássemos que a nação brasileira fosse adquirir a maturidade com o tempo e os erros cometidos ao longo de sua história ficamos totalmente enganados e decepcionados quando não revoltados com o que acontece atualmente na política e no governo desta nação. Toda a experiência do passado e dos erros cometidos não serviram para melhorar o padrão de dignidade dos governos atuais, muito pelo contrário, tornaram-se mais espertos em manipularem o povo e tirarem proveito próprio às custas do erário público.  Aproveitando-se da ingenuidade e da ignorância do povo e por não encontrarem resistência política tornaram-se déspotas, corruptos, arrogantes, mentirosos, venais e acima de tudo vendilhões da Pátria. Então perguntamos: que independência é a nossa?

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