A
preocupação com a morte segue o ser humano desde que adquiriu a razão e
continua até hoje nos homens civilizados como nas tribos mais primitivas. Se
existe uma certeza inabalável para todos os seres vivos é a da morte, pois faz
parte do ciclo da natureza e é justificável que nos interessemos por ela e suas
conseqüências, isto é, o que prossegue depois da morte. O fato de muitos não
acreditarem na vida depois da morte não modifica a realidade e a verdade é que
prosseguimos depois da morte do corpo físico com todas as nossas
características pessoais como a individualidade que tínhamos quando ainda
encarnados neste mundo. Para os que acreditam na vida além da sepultura e na
individualidade do espírito é natural que questionem o que virá depois da
morte, isto é, qual o destino para cada alma que adentra o mundo espiritual.
Primeiramente diremos que para cada pessoa a morte é consentânea com sua
individualidade, isto é, não existem duas mortes idênticas como também não
existem duas pessoas absolutamente iguais neste mundo. Desta forma, a morte de
cada ser humano é exclusiva para ele, não obstante as similaridades entre eles.
Todavia, o fato de não existirem duas mortes idênticas não implica que o
destino destas almas não deva ser igual no que se refere aos caminhos seguidos
no mundo espiritual. É bom que se diga que no mundo dos espíritos não existe a
possibilidade de convivência de espíritos de naturezas diferentes conviverem
juntos como acontece aqui na Terra em virtude de existir neste mundo outras
leis que regem a colocação dos espíritos em seus respectivos lugares de acordo
com o seu grau de adiantamento moral. Assim, se agrupam obrigatoriamente os
espíritos semelhantes entre si atraídos pela sintonia vibratória que é a
identidade de cada um. Cada espírito possui um peso específico que poderíamos
denominar de densidade espiritual de acordo com a sua natureza interior, isto
é, seus pensamentos, seus sentimentos e seu comportamento frente os estímulos
da existência terrena. O espírito, encarnado ou não, se comporta como uma fonte
emissora e receptora dentro do mundo em que atua de tal forma que em sua
existência vai selecionando e agregando pensamentos e sentimentos que estejam
em concordância com os seus formando, assim, a sua atmosfera psíquica que os
conduzirá inevitavelmente aos seus semelhantes depois da morte. Não existe
possibilidade de erro ou equívoco no mundo dos espíritos em virtude da lei
imutável dos iguais, isto é, semelhante atrai semelhante, como um imã atrai a
limalha de ferro. Sendo assim, os caminhos percorridos pelos espíritos após a
morte já estão previamente definidos ainda quando encarnados.
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