O movimento
de independência do Brasil nasceu com os Inconfidentes nas Minas Gerais e
culminou com a morte de Tiradentes no Rio de Janeiro, mas só foi efetivado com
a declaração de independência por Dom Pedro I, no fato histórico do “Grito do
Ipiranga”, porque se deu às margens do rio Ipiranga em São Paulo no mês de
setembro de 1822, quando voltava da cidade de Santos com destino ao Rio de
Janeiro. A partir desta data o Brasil passou por muitas dificuldades de ordem
política e social até chegar à proclamação da República em 1890, pelo Marechal
Deodoro da Fonseca. Como nova república o Brasil teve, como era de se esperar,
de sofrer os ônus dos erros e acertos de uma nação ainda na infância de seu
amadurecimento. Contudo, o gigante adormecido continuava a esperar o tempo de
acordar para o progresso e a felicidade desta grandiosa nação. Todavia, isto
não aconteceu, seja por inexperiência de seus governantes ou pela imaturidade
do povo, chegamos hoje a uma condição, embora chamada democrática, pior do que
a do império, porque com todo o crescimento comercial, industrial, científico e
tecnológico, etc., estamos mergulhados no caos político e social, caminhando
para a desorganização das instituições que sustentam a integridade moral da
nação. Se Tiradentes estivesse vivo hoje, ante a desagregação moral dos
governantes, preferiria ser novamente enforcado e esquartejado de presenciar
tanta vergonha. Se Dom Pedro I estivesse também vivo preferiria ser mudo a ver
o seu grito heróico ser transformado em mentiras e falsidades.
O GRITO DO IPIRANGA
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