A libertação
do homem consiste fundamentalmente em desvencilhar-se das ilusões do mundo,
refletidas nas riquezas materiais; no poder transitório; nos prazeres fugazes e
no comodismo religioso, acreditando que se pode comprar um lugar no Céu com os
bens materiais. Para alcançar verdadeiramente a libertação do espírito ainda
jungido à carne é imprescindível o conhecimento do propósito da existência
terrena e da continuidade da vida após a morte do corpo material. Na verdade, a
nossa permanência neste mundo é passageira comparada à vida imortal do espírito
e, portanto, nada aqui é permanente, isto é, não temos a posse definitiva de
nada que pertence a este mundo, pois temos que deixar aqui tudo quanto
amealhamos em nossa existência. Na verdade somos apenas usufrutuários dos bens
materiais uma vez que temos que deixá-los aqui quando partimos para o outro
mundo. O que nos pertence então verdadeiramente? Somente os bens que pertencem
ao espírito como os conhecimentos, as virtudes morais o bem praticado e as
experiências adquiridas. A libertação do espírito não se consegue com a cultura
religiosa, nem com exercícios de
meditação e muito menos com a devoção assentada na fé cega mas, na vivência de
cada dia procurando desvencilhar-se dos maus pendores e praticar todo bem que
se apresentar uma oportunidade.
LIBERTAÇÃO 2
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