O fluoreto é
mutagênico? Esta pergunta é feita freqüentemente quando se trata de considerar
a toxicidade do fluoreto. Existe na literatura uma discrepância entre os
trabalhos publicados pelos pesquisadores das diversas áreas biológicas e que
trazem ao leitor uma imagem duvidosa sobre o assunto, deixando a cada um sua
própria interpretação. Na verdade, essa diferença de resultados se origina em
virtude de diferentes modos de abordar experimentalmente o problema. A escolha
do modelo biológico, a metodologia empregada, a avaliação dos resultados e o
material utilizado são de suma importância para se obter resultados confiáveis.
Para tanto, devemos escolher um modelo biológico que seja sensível à doses
compatíveis de fluoreto, isto é, concentrações de fluoreto que pode ser
encontradas nas condições biológicas. A
maioria das bactérias é resistente à ação do fluoreto no que diz respeito à
mutagenicidade. Então temos que levar em consideração este fato se formos trabalhar
com bactérias. Outro modelo biológico muito utilizado na avaliação da
genotoxicidade do fluoreto é o rato albino. Com relação a este modelo
temos de fazer algumas considerações. O
rato adulto é também resistente à ação tóxica do fluoreto, portanto, é
necessário sabermos escolher a dose, o tipo de sal do fluoreto e o tempo de
duração da experiência se desejamos obter resultados satisfatórios. Se
objetivarmos avaliar alterações estruturais e metabólicas de determinados
órgãos as concentrações de fluoreto na água de beber deve estar entre 30 a 50
ppm, com duração mínima de 90 dias. Doses menores e tempo mais curto podem
levar à resultados equivocados. A maioria dos autores que trabalham com mutação
experimental e no caso em particular da ação tóxica do fluoreto se utiliza de
células embrionárias tanto IN VIVO quanto IN VITRO. A cultura de células
embrionárias é um dos métodos mais sensíveis e eficazes de se avaliar a
genotoxicidade de uma substância. Baseado nestas considerações podemos afirmar
que a maioria dos trabalhos publicados na literatura são unânimes em afirmar
que o fluoreto avaliado nestas condições é genotóxico. A questão inevitável que
emerge de todas estas considerações é a seguinte: O fluoreto consumido pela
população em áreas fluoretadas pode ter ação genotóxica? É difícil de responder
sim ou não, porque as manifestações tóxicas do fluoreto estão mascaradas por
outras enfermidades de maior gravidade e de sintomatologia mais evidente. Mas,
o que as pesquisas têm demonstrado é que a incidência de determinadas
enfermidades como o câncer, as doenças neurodegenerativa ( Parkinson,
Alzheimer, etc.) e imunodeficiências, são mais freqüentes em populações
supridas com água fluoretada do que em áreas não fluoretadas. Recentemente,
pesquisas publicadas pela Universidade de Harvard, USA, demonstram que crianças
crescidas em cidades com água fluoretada apresemtam um quociente intelectual
(QI) menor do que crianças que vivem em áreas não fluoretadas. A não ser em
casos de fluorose (dental e óssea), as manifestações da toxicidade do fluoreto
consumido pela população passam despercebidas, mascaradas por sintomas clínicos
de outras enfermidades. Em conclusão: Embora não se tenha comprovado
definitivamente a genotoxicidade do fluoreto para o ser humano, os indícios
obtidos até o presente indicam que esta possibilidade é real e preocupante. (Clique
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