Em todas as épocas da existência humana existiu a
escravidão como conseqüência do atraso espiritual do homem. No início da
civilização quando os valores intelectuais e morais ainda dormitavam nos
estágios iniciais da evolução poderia, por essa razão, ainda justificar este
comportamento selvagem, mas, após adquirir estágios mais avançados de
conhecimento e civilização, não mais poderia existir tal aberração do
comportamento humano. Quando falamos de escravidão não nos referimos apenas à
escravidão do corpo físico, mas, principalmente, da escravidão moral e
intelectual. Por paradoxal que pareça, vivemos hoje, com todos os requintes da
ciência e da tecnologia, uma escravidão muito mais perniciosa e aviltante do que
a escravidão passada, quando se mantinha os escravos trancafiados à ferro. Com
o avanço da civilização e de todas as conquistas alcançadas pelo homem deveria
se esperar um avanço também no relacionamento humano com vistas a uma melhor
condição de vida para a humanidade. Todavia, aconteceu justamente o contrário,
isto é, os avanços científicos, tecnológicos e os meios de comunicação de
massa, serviram não para trazer bem-estar e progresso para todos, mas para
serem manipulados por uma minoria com vantagens próprias em detrimento do povo.
Na verdade, as conquistas materiais dos homens os tornaram mais egoístas e
prepotentes, surgindo uma classe de indivíduos que se endeusaram a si mesmos
como seres privilegiados separados da grande massa popular destinada a servir
os senhores do poder numa condição de escravidão camuflada de liberdade e
democracia. Não importa qual o setor da atividade humana, tanto na política, na
religião, no comércio, na indústria ou
qualquer outra atividade social, o povo é sempre manipulado a serviço dos que
detém o poder. Atualmente no Brasil estamos em processo de escravidão
camuflada, particularmente pelo governo e pelo poder financeiro. O povo
brasileiro se comporta como massa de manobra nas mãos dos poderosos, em
especial nos donos dos meios de comunicação. ( Clique
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