O homem possui de si tudo o que pode
levar deste mundo. O que ele encontra ao chegar e quando partir deixa tudo o
que o que pôde amealhar durante a sua existência terrena. Sendo assim, ele tem
somente a posse temporária de seus bens, uma vez que é obrigado a deixá-los
pela morte. Por conseguinte, ele não tem a posse definitiva de tudo o que
pertence à Terra, é apenas um usufrutuário e não o verdadeiro proprietário, nem
mesmo o seu corpo lhe pertence uma vez que se despoja dele pela morte. Então o
que o homem possui de verdadeiro? Somente o que pode levar consigo depois da
morte: as aquisições morais e intelectuais como patrimônio definitivo do
espírito. Sendo assim, devemos saber harmonizar as coisas do mundo, que são
temporárias, com os valores espirituais que são definitivos. Quando se parte
para um país desconhecido devemos nos munir apenas do que é necessário em nossa
bagagem e não sobrecarregarmos com coisas desnecessárias que só se tornam um
peso inútil. Assim devemos proceder com relação à vida espiritual, para não
adentrarmos o mundo espiritual após a morte desprovidos de qualquer aquisição
que tenha valor na nova vida. A nossa existência na vida terrena tem um
propósito bem definido, qual seja, a de adquirirmos maturidade espiritual pelas
experiências adquiridas na trajetória terrena entre berço e túmulo. Embora a
existência terrena seja de pouca duração, ela é de suma importância para o
progresso espiritual, pois é somente pelo empenho em vencer os obstáculos
antepostos pela existência terrena que o espírito desenvolve as suas qualidades
morais e intelectuais a fim de cumprir o programa Divino da evolução.
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