No dia 13 de
maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea pela princesa Isabel, filha de Dom Pedro
II, que extinguiu a escravidão negra no Brasil. Na verdade, a abolição da
escravidão negra numa época dos coronéis e de grandes latifundiários por uma
mulher e na ausência do imperador foi um ato de coragem e determinação que não
encontramos mais na nossa história. Embora a abolição dos escravos negros no
Brasil não tenha resolvido o problema social e da sua própria subsistência,
foi, no entanto, o ponto inicial da conquista da liberdade definitiva para a
raça negra. Não obstante a libertação dos negros da constrição dos ferros e dos
sofrimentos das torturas, a escravidão continua ainda hoje, embora de forma
camuflada, são ainda discriminados na sociedade, não obstante protegidos por leis. Embora, a escravidão física tenha sido extinguida por mais de um século
aqui no Brasil, não podemos dizer que a escravidão do brasileiro tenha sido
abolida. A escravidão neste país apenas tomou novas configurações, disfarçadas
com nomes oficiais, mas que no fundo é a mesma coisa, ou melhor, muito pior
porque não se manifesta de forma ostensiva, camuflada pelas máscaras que
traduzem demagogia; burocracia; desperdício, exploração da economia do povo;
saque dos cofres públicos; corrupção; evasão de divisas e muitos outros
ultrajes à dignidade e à moral e tudo isso
com o nome de democracia que na verdade é a pior escravidão porque degrada a
condição moral e a dignidade de uma
nação.
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