sábado, 16 de janeiro de 2016

INFÂNCIA ROUBADA



A infância é o período mais crítico na existência do ser humano, pois é nesse curto espaço de tempo que se molda o futuro de cada personalidade. É semelhante ao alicerce para uma edificação, isto é, se o alicerce apresentar uma falha todo o edifício estará comprometido. A primeira infância vai do nascimento até aos sete anos e é nesse período que prevalece mais o instinto do que o intelecto, por isso não se deve forçar o desenvolvimento intelectual da criança nesse período, como aprender línguas estrangeirais, atividades culturais de adultos, jogos que exijam concentração, etc. Muitos pais se sentem orgulhosos com a precocidade forçada de seus filhos, como usar celular e brinquedos eletrônicos. Na verdade esses pais estão acelerando o desenvolvimento intelectual de seus filhos em detrimento do amadurecimento natural de sua personalidade. Mais tarde, quando adultos essas crianças terão problemas de comportamento porque pularam um degrau em seu desenvolvimento natural. Não falo aqui das crianças precoces naturais que constituem um assunto em separado. Após a infância vem a puberdade que por si só constitui um capítulo à aparte em virtude de suas múltiplas transformações e que também merece cuidados especiais. É nessa fase entre infância e puberdade que se voltam os interesses dos educadores como também dos exploradores, pois esse período da vida da criança favorece a implantação de hábitos e conceitos que prevalecerão para o resto de sua existência. Acontece que atualmente, em decorrência da degradação moral da humanidade, foram as crianças as mais exploradas e prejudicadas em seus direitos naturais como um ser humano em busca da sua própria felicidade e que foram truncadas à meio caminho como uma flor apanhada ainda em botão. Hoje em dia, as crianças são tratadas como se fossem adultos, tanto no vestuário, como em propagandas comerciais e mais ainda pela influência degradante dos desenhos animados. Nada escapa à influência nefasta da mídia, particularmente as crianças que são ingênuas e não têm o discernimento necessário para separar o bom do mau. Os pais, por um motivo ou outro, negligenciam os hábitos de  seus filhos sem se preocuparem com as conseqüências futuras. Mas, o mais destruidor da infância natural são os meios de comunicação que apresentam somente exemplos degradantes em quase todos os programas de televisão e na internet, particularmente no que concerne à sexualização infantil. 







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