A infância é
o período mais crítico na existência do ser humano, pois é nesse curto espaço
de tempo que se molda o futuro de cada personalidade. É semelhante ao alicerce
para uma edificação, isto é, se o alicerce apresentar uma falha todo o edifício
estará comprometido. A primeira infância vai do nascimento até aos sete anos e
é nesse período que prevalece mais o instinto do que o intelecto, por isso não
se deve forçar o desenvolvimento intelectual da criança nesse período, como
aprender línguas estrangeirais, atividades culturais de adultos, jogos que
exijam concentração, etc. Muitos pais se sentem orgulhosos com a precocidade
forçada de seus filhos, como usar celular e brinquedos eletrônicos. Na verdade
esses pais estão acelerando o desenvolvimento intelectual de seus filhos em
detrimento do amadurecimento natural de sua personalidade. Mais tarde, quando
adultos essas crianças terão problemas de comportamento porque pularam um
degrau em seu desenvolvimento natural. Não falo aqui das crianças precoces
naturais que constituem um assunto em separado. Após a infância vem a puberdade que por
si só constitui um capítulo à aparte em virtude de suas múltiplas
transformações e que também merece cuidados especiais. É nessa fase entre
infância e puberdade que se voltam os interesses dos educadores como também dos
exploradores, pois esse período da vida da criança favorece a implantação de
hábitos e conceitos que prevalecerão para o resto de sua existência. Acontece
que atualmente, em decorrência da degradação moral da humanidade, foram as
crianças as mais exploradas e prejudicadas em seus direitos naturais como um
ser humano em busca da sua própria felicidade e que foram truncadas à meio
caminho como uma flor apanhada ainda em botão. Hoje em dia, as crianças são tratadas como
se fossem adultos, tanto no vestuário, como em propagandas comerciais e mais
ainda pela influência degradante dos desenhos animados. Nada escapa à
influência nefasta da mídia, particularmente as crianças que são ingênuas e não
têm o discernimento necessário para separar o bom do mau. Os pais, por um
motivo ou outro, negligenciam os hábitos de
seus filhos sem se preocuparem com as conseqüências futuras. Mas, o mais
destruidor da infância natural são os meios de comunicação que apresentam
somente exemplos degradantes em quase todos os programas de televisão e na
internet, particularmente no que concerne à sexualização infantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário