O homem não
se dá conta de todas as dádivas que recebe diariamente porque se acostumou a
elas e não se preocupa de onde vêm todas essas benesses e nem de quem lhe
outorga esse privilégio porque está preocupado consigo mesmo e com as suas necessidades
e interesses imediatos da sua existência. Não me refiro somente à providência
que a natureza lhe oferece com abundância tudo de que necessita para a sua
sobrevivência, isto é, os alimentos, as águas, as matas, o clima, as chuvas, o
sol e tudo o que não foi criado pelo homem e que é parte integrante de sua existência terrena. Mas o
que quero me referir, além das dádivas naturais, é a maravilha da vida. A
maioria dos seres humanos não tem consciência da essência da vida e que se
manifesta em todos os seres vivos, apenas usufruem dela como um evento natural
sem mais indagações, a não ser que ela surge no nascimento e desaparece na
morte. Na verdade, essas manifestações materiais da vida, que diríamos de
vitalidade, são apenas aspectos exteriores da fonte geradora que sustenta a
exteriorização vital nos seres vivos. O foco da vida não se encontra nos corpos
materiais, mas sim, no espírito que anima estes corpos. E se quisermos nos
aprofundar mais diríamos que toda vida no universo provem de Deus, a fonte
inesgotável que sustenta toda a criação. Sendo assim, os seres humanos deveriam
render graças diariamente, agradecendo o Criador pelas incomensuráveis dádivas
de que é beneficiado constantemente e como retribuição a tudo o que tem
recebido cuidar de seu lar terreno com carinho e respeito à natureza incluindo
toda a manifestação de vida com que compartilha aqui na Terra. Todavia, a
realidade é outra, isto é, o homem se tornou o maior predador da natureza,
poluiu o meio ambiente, dizimou os animais, devastou as florestas, contaminou
as águas e exterminou seus irmãos, companheiros da jornada terrena e mesmo
assim a natureza procura por todos os
meios se recompor para manter ainda a vida aqui na Terra. O homem se
esqueceu de que ele não é proprietário de nada neste mundo uma vez que tudo lhe
é tirado pela morte mesmo o seu próprio corpo. Mas, a misericórdia de Deus é
infinita e dá sempre novas oportunidades para os homens refazerem os seus erros
e aprenderem a grande lição de que ele existe pela bondade de Deus e que tudo
no universo pertence a Ele.
